Muita classe política ainda acredita que é possível gerir a Causa Pública sem conhecer o país real, sem ir ao encontro do cidadão e sem ouvir, com atenção, interesse, humildade e sensibilidade, as suas expectativas sobre o presente a as esperanças que depositam no futuro. Embebidos na falsa noção de que a população existe para suportar, com os seus impostos, a pesada factura dos luxos, vícios e mordomias de certos partidos e de outros tantos detentores de cargos públicos, tal gente tem contribuído de forma desastrosa para a degradação da imagem pública das instituições e para o agravamento do fosso entre governantes e governados, corroendo, assim, os pilares éticos e morais que sustentam o edifício da Democracia.
Totalmente diferente tem sido a postura do CHEGA-Madeira. Porque acreditamos que a única política que vale a pena é aquela que tem na pessoa o seu propósito essencial, recusamos inequivocamente a noção de que a governação é um jogo exclusivo dos partidos, definido nos corredores obscuros do poder, onde, nas costas dos eleitores, certos líderes sacrificam o Bem Comum no altar dos interesses económicos que lhes oferecem mais vantagens. Pelo contrário, como a grande maioria dos cidadãos, o nosso partido está farto das irresponsabilidades que têm caracterizados as últimas décadas da política social-democrata na Região Autónoma da Madeira e está mais do que preparado para assumir com os madeirenses e portosantenses um compromisso firme de proximidade, abertura e total transparência, que tem na reforma do sistema político e na humanização da governação os seus dois principais pilares.
Inspirados por estes dois conceitos, o programa eleitoral que tem vindo a ser ultimado pela nossa equipa de trabalho e que pretendemos colocar à consideração da população após o agendamento do próximo sufrágio irá propor medidas concretas e exequíveis em doze áreas que consideramos fundamentais para a governação regional, identificando iniciativas práticas em sectores desde a Administração Pública, Autonomia, Segurança, Identidade Cultural, Transportes e Coesão Social à Economia, Saúde, Família, Educação, Ambiente e Sector Primário. Porque a população da Madeira e do Porto Santo merece muito mais do que os exercícios de retórica, que embalam o povo numa hipnose constante, encaramos o nosso programa como um compromisso sério e inviolável, que adotamos com o mais profundo sentido de responsabilidade e que queremos trazer a efeito, caso sejamos merecedores da confiança dos eleitores.
Nas diversas ações partidárias que temos vindo a desenvolver, com maior incidência nas últimas semanas, temos sempre privilegiado o contacto direto com a população, sendo que as conclusões mais evidentes das milhares de conversas que temos travado com os cidadãos comuns é que os políticos têm de urgentemente rever e atualizar o seu código conduta, honrando a ‘res publica’, a transparência na ação governativa e a luta contra a corrupção, a todos os níveis. Porque tais conceitos procedem naturalmente da matriz identitária do CHEGA-Madeira, não nos surpreende a afinidade que cada vez mais sentimos nas pessoas com quem nos temos vindo a cruzar. que depositam em nós a sua confiança numa Região mas equilibrada do ponto de vista económico e social.
Mais do que palpites, as pessoas pedem-nos trabalho. Mais do que intenções, as pessoas pedem-nos foco. Mais do que debates estéreis e de baixo nível, as pessoas pedem-nos seriedade. E, à medida que se aproxima o grande teste das eleições, sentimos estes reptos com enorme espírito de missão e indubitável motivação para continuar a trilar cada canto, cada mercado, cada rua e cada comunidade, levando, connosco, a coragem para escrever uma nova página no percurso político da Região, definida por opções fundamentadas em prol daqueles que querem um futuro melhor para os seus filhos e para os seus netos. Uma Madeira para todos e não uma Madeira para alguns!