Pinto Moreira vai renunciar à vice-presidência parlamentar do PSD

O líder do PSD afirmou quinta-feira que Joaquim Pinto Moreira vai deixar a vice-presidência do grupo parlamentar social-democrata e a presidência da comissão parlamentar de revisão constitucional, após ter sido alvo de buscas domiciliárias no âmbito da operação Vórtex.

“O deputado Joaquim Pinto Moreira, que é um deputado que eu conheço muitíssimo bem e há muitos anos, vai renunciar  à sua posição enquanto vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD e como presidente da comissão de revisão constitucional”, anunciou Luís Montenegro numa entrevista ao canal televisivo SIC, conduzida pelo jornalista Bernardo Ferrão.

O líder do PSD afirmou que esta decisão foi combinada com Joaquim Pinto Moreira na terça-feira: “Eu tive uma conversa nesse dia depois das diligências [judiciais] em que ele me procurou, precisamente para tentar perceber o que estava a acontecer”.

O presidente da Câmara de Espinho, Miguel Reis (PS), um funcionário desta e três empresários foram detidos na terça-feira por suspeitas de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências na Operação Vórtex, disseram à Lusa fontes ligadas à investigação.

No âmbito desta operação, a residência de Joaquim Pinto Moreira também foi alvo de buscas.

Na terça-feira, o chefe de gabinete da presidência da Câmara de Espinho, Nuno Cardoso, disse à Lusa que “a investigação incide essencialmente sobre operações urbanísticas realizadas no mandato anterior”, versão contestada por Pinto Moreira, que liderou o município entre 2009 e 2021.

Entretanto, quinta-feira, Miguel Reis renunciou ao seu mandato como presidente da Câmara Municipal de Espinho, “na sequência das diligências efetuadas no âmbito da Operação Vórtex”.

Joaquim José Pinto Moreira foi eleito deputado pela primeira vez nas legislativas de 2022, tendo chegado a vice-presidente da bancada social-democrata na direção de Joaquim Miranda Sarmento, já depois de Luís Montenegro assumir a presidência do PSD.

Recentemente, Pinto Moreira foi indicado pelo PSD para presidir à Comissão Eventual de Revisão Constitucional, que tomou posse em 04 de janeiro.

Pinto Moreira foi um dos principais apoiantes de Montenegro na sua ascensão à liderança, tendo sido um dos poucos militantes destacados presentes quando este, em janeiro de 2019, desafiou o então presidente Rui Rio a convocar diretas antecipadas.

Últimas de Política Nacional

A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMMT) decidiu abrir os cofres e fechar a transparência.
André Ventura reafirmou que pretende usar a Presidência da República como ponto de partida para uma mudança profunda no país.
As escutas da Operação Influencer abalaram o PS, expondo alegadas pressões, favores e redes internas de ‘cunhas’ que colocam Carneiro no centro da polémica e voltam a arrastar Costa para a controvérsia.
O Governo carrega no ISP e trava a fundo na queda que estava prevista no preço dos combustíveis. A promessa estala, a confiança vacila e Montenegro enfrenta a primeira fissura séria na sua credibilidade fiscal.
Catarina Martins voltou a dirigir insultos contundentes a André Ventura, acusando-o de ser “um bully político” que se comporta “como se estivesse no recreio da escola”.
Luís Marques Mendes está no centro de uma nova polémica depois de, no debate presidencial, ter afirmado que o CHEGA “passa a vida a ter propostas inconstitucionais, como a pena de morte”, uma falsidade evidente.
A estrutura concelhia do CHEGA em Vila Nova de Famalicão refere que o vereador do partido vai levar à reunião de Câmara uma proposta para tornar gratuito o estacionamento público no centro da cidade entre 13 de dezembro e 6 de janeiro.
O Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) pediu hoje a demissão da ministra da Administração Interna, considerando que Maria Lúcia Amaral é "incapaz de assegurar a estabilidade" das polícias, e alertou para "protestos massivos" como os de 2024.
Uma petição que exige o fim da atribuição de dinheiros públicos para a construção de mesquitas tornou-se viral e já reúne milhares de assinaturas, dias depois da proposta do CHEGA com o mesmo objetivo ter sido chumbada no Parlamento.
A sociedade de advogados Sérvulo & Associados, onde o ex-ministro social-democrata Rui Medeiros é uma das figuras mais proeminentes, está a atravessar um período de forte crescimento no volume de contratos públicos, especialmente desde a chegada de Luís Montenegro ao Governo.