A confusão continua a reinar sobre o nosso partido. Não cá dentro, mas lá fora.
Uns continuam a apelidá-lo de extremista. Outros de radical.
Aos primeiros não vale a pena responder, porque quem nos apelida de “extremistas” verdadeiramente não quer qualquer resposta da nossa parte. Apenas quer ofender, levando a discussão para um território estéril que devemos evitar.
Aos segundos, vale a pena dizer-lhes que talvez sejamos radicais, no sentido de que queremos ir à raiz dos problemas existentes para os resolver.
Contudo, de todos os conceitos com que nos querem identificar, talvez o epíteto mais certeiro seja o de “PARTIDO DO BOM SENSO”.
Porque não é preciso ser extremista ou radical para saber que sem segurança nas ruas não há paz social, nem desenvolvimento económico. E não é preciso ser cego para ver que há hoje um sentimento crescente de insegurança nas ruas. E que o crime violento, que era uma realidade ausente do nosso país durante décadas, está a voltar de forma preocupante. Por isso, sim, defendemos o reforço dos meios policiais para que todos nós possamos continuar a viver com tranquilidade e paz e para que as atividades económicas possam florescer sem receios de instabilidade, como está a suceder noutras geografias. Isto não é do domínio do extremismo ou do radical, mas apenas do bom senso.
E também não é preciso ser extremista ou radical para ver que a justiça falha em toda a linha no nosso país. E que a corrupção alastra de forma pestilente nos círculos do poder, infetando e afetando a credibilidade dos políticos e frustrando o desenvolvimento socioeconómico do país.
Resolver os problemas de justiça e acabar com a corrupção não são tarefas do domínio do extremismo, nem é uma missão radical. É apenas uma ação de bom senso, que PS e PSD não podem hoje alcançar por falta de credibilidade.
Da mesma forma, reintroduzir nas escolas o objetivo de ensinar e extirpar dos locais de ensino toda a propaganda que é feita em prol da ideologia de género, não é extremista ou radical, apenas uma exigência de bom senso, porque a escola deve servir para aprender, não para doutrinar, fomentar experiências género ou promover alterações biológicas condenadas ao fracasso e potencialmente portadoras de graves consequências futuras.
No campo económico e fiscal também não é preciso ser extremista ou radical para ver que Portugal está cada vez mais afastado dos parâmetros médios de desenvolvimento europeus e que é necessário empreender reformas que voltem a dar alento aos portugueses, racionalizando o funcionamento da administração pública e reduzindo o número de trabalhadores públicos para que o orçamento nacional suporte descidas de impostos a trabalhadores e empresas e para que o Estado volte a ter capacidade para investir em obras estruturantes que fomentem o desenvolvimento do país. E este objetivo também não creio que seja extremista ou radical. Mas apenas uma questão de bom senso.
Por isso, longe do que apregoam os nossos críticos e difamadores na praça pública, o Chega não é um partido de extremistas, nem de radicais. Mas um partido que aponta o dedo e apresenta soluções de bom senso para combater a corrupção, a miséria, o multiculturalismo acrítico, a penúria em que vivem os portugueses ou as dificuldades por que passam as nossas empresas.
A partir das iniciativas e das intervenções que o nosso partido tem apresentado e feito na Assembleia da República, ganham corpo e espessura as ideias e projetos que identificam o CHEGA na sociedade.
São estas ideias e projetos que, ao ganharem cada vez maior alcance entre os cidadãos, definem a identidade política do Chega.
Políticas de bom senso, cada vez mais valorizadas pelos portugueses.
No rescaldo da V Convenção do Chega em Santarém esta foi a verdade que transpareceu para a sociedade. Estamos unidos, temos um objetivo, temos projetos e temos um líder carismático capaz de galvanizar o país para a mudança que Portugal anseia.
Por isso estamos (e continuaremos) a crescer até termos a força suficiente para mudar Portugal para melhor. Este é o momento para dar mais força ao CHEGA!
Paulo Ralha
(Assessor do Grupo Parlamentar)