Que legado quer o Presidente da República deixar?

Quando todos pensávamos que as alegadas suspeitas sobre diversos membros do Governo socialista,  autarcas do Partido Socialista e altos cargos da administração pública poderia estar finalmente a abrandar, eis que novamente o Governo “vem à baila” pelas piores razões.

Ao momento a que vos escrevo este editorial, mais uma fortíssima suspeita recai sobre um membro do Governo socialista de António Costa.

Só que desta vez não é sobre um ministro qualquer!

Desta feita, segundo uma investigação da TVI/CNN Portugal, está em causa aquele que gere toda a “máquina financeira” do Estado português, ou seja, o dinheiro de todos nós.

A gravidade desta suspeita é de tal ordem que poderemos estar a poucos dias ou mesmo horas – quem sabe se quando esta publicação sair não terá já acontecido – do Ministro das Finanças Fernando Medina, ser constituído arguido num processo de participação económica em negócio e abuso de poder enquanto presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

E se há algo que não pode acontecer, nunca, jamais, em tempo algum, é o administrador dos dinheiros públicos ser portador da mais leve suspeição que seja, no que à sua seriedade e lisura diz respeito.

A confirmar-se esta situação, resta muito provavelmente ao Primeiro-Ministro António Costa, demitir aquele que todos sabem ser um dos seus mais próximos.

Honestamente, por muito que pense em soluções, começo a achar difícil ao Senhor Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ser o “pilar de sustentação” do que já não tem como ser sustentado…

Afinal como quer Marcelo Rebelo de Sousa ser recordado nos livros de História?

Qual o legado que quer deixar?

Certamente não o de quem foi permissivo a situações no mínimo pouco claras e altamente lesivas, quanto mais não seja para o bom nome do nosso país, perpetuando no poder um Governo, em que sucessivas vezes, um ou mais dos seus membros estão carregados de suspeitas.

Do país do qual, sendo Chefe de Estado, deverá ser o garante do regular funcionamento das Instituições!

O momento da governação de Portugal é muito grave.

É tão grave que muito provavelmente o Governo socialista está a prazo!

Isto leva-nos a ter de estar preparados para o que pode vir amanhã, daqui a seis meses ou daqui a um ano.

Isto obriga o CHEGA a estar de prontidão para eventuais eleições legislativas, em que segundo as últimas sondagens poderá ter cerca de 15% dos votos e qualquer coisa entre 30 e 40 deputados.

Mas mais que isso, esta situação  leva o nosso partido a ter de se preparar para ser parte de um governo que terá a obrigação de tirar Portugal e os Portugueses do caos instalado.

Uma missão difícil, dado o estado dramático em que mais uma vez o socialismo deixa o país.
Uma missão que terá de ter em conta, pela primeira vez em muitos anos, o bem estar das  pessoas, das famílias e das empresas, com rigor, em todos os planos.

É nosso dever e responsabilidade estar à altura deste momento, por Portugal e pelos Portugueses.

É esse o nosso grande desafio!

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