Preços subiram mas rendimento dos agricultores caiu

©D.R.

A confederação das cooperativas agrícolas sublinhou hoje que, apesar de os preços terem aumentado, o rendimento dos agricultores caiu 12%, pedindo a adoção de medidas excecionais, como a isenção do IVA para os bens alimentares.

“A primeira razão para a inflação no setor agroalimentar é que os preços subiram porque tinham de subir, pois todos os fatores de produção subiram (rações, fertilizantes, sementes, pesticidas, eletricidade e combustíveis) e, ainda assim, o rendimento dos agricultores sofreu uma queda de 12%”, assinalou, em comunicado, a Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (Confagri).

Neste sentido, a confederação reiterou que devem ser adotadas medidas excecionais, como a isenção do IVA para os bens alimentares, bem como o reforço dos apoios à produção.

Por outro lado, defendeu que os custos fixos associados à energia devem ser equiparados no mercado Ibérico, “caso contrário ficamos sempre em desvantagem”.

Para a Confagri, é urgente que os “estrangulamentos operacionais” na aplicação do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) sejam resolvidos de modo a que os agricultores possam submeter as suas candidaturas.

Também no âmbito do PEPAC, a Confagri quer a suspensão de algumas das regras da condicionalidade, “para que os agricultores possam semear toda a sua área disponível”.

A confederação considera “quase imoral” que um país como Portugal, que tem défice de produção, “deixe de cultivar milhares de hectares”, afirmou, citado na mesma nota, o presidente da Confagri, Idalino Leão.

Últimas de Economia

Os consumidores em Portugal contrataram em outubro 855 milhões de euros em crédito ao consumo, numa subida homóloga acumulada de 11,3%, enquanto o número de novos contratos subiu 4%, para 157.367, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
O Governo reduziu o desconto em vigor no Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), aplicável à gasolina sem chumbo e ao gasóleo rodoviário, anulando parte da descida do preço dos combustíveis prevista para a próxima semana.
Os pagamentos em atraso das entidades públicas situaram-se em 870,5 milhões de euros até outubro, com um aumento de 145,4 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior, segundo a síntese de execução orçamental.
O alojamento turístico teve proveitos de 691,2 milhões de euros em outubro, uma subida homóloga de 7,3%, com as dormidas de não residentes de novo a subir após dois meses em queda, avançou hoje o INE.
A taxa de inflação homóloga abrandou para 2,2% em novembro, 0,1 pontos percentuais abaixo da variação de outubro, segundo a estimativa provisória divulgada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O ‘stock’ de empréstimos para habitação acelerou em outubro pelo 22.º mês consecutivo, com um aumento homólogo de 9,4% para 109.100 milhões de euros, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
A proposta de lei de Orçamento do Estado para 2026 foi hoje aprovada em votação final global com votos a favor dos dois partidos que apoiam o Governo, PSD e CDS-PP, e com a abstenção do PS. Os restantes partidos (CHEGA, IL, Livre, PCP, BE, PAN e JPP) votaram contra.
O corte das pensões por via do fator de sustentabilidade, aplicado a algumas reformas antecipadas, deverá ser de 17,63% em 2026, aumentando face aos 16,9% deste ano, segundo cálculos da Lusa com base em dados do INE.
O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em novembro, após dois meses de subidas, enquanto o indicador de clima económico aumentou, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os gastos do Estado com pensões atingem atualmente 13% do PIB em Portugal, a par de países como a Áustria (14,8%), França (13,8%) e Finlândia (13,7%), indica um relatório da OCDE hoje divulgado.