A confederação das cooperativas agrícolas sublinhou hoje que, apesar de os preços terem aumentado, o rendimento dos agricultores caiu 12%, pedindo a adoção de medidas excecionais, como a isenção do IVA para os bens alimentares.
“A primeira razão para a inflação no setor agroalimentar é que os preços subiram porque tinham de subir, pois todos os fatores de produção subiram (rações, fertilizantes, sementes, pesticidas, eletricidade e combustíveis) e, ainda assim, o rendimento dos agricultores sofreu uma queda de 12%”, assinalou, em comunicado, a Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (Confagri).
Neste sentido, a confederação reiterou que devem ser adotadas medidas excecionais, como a isenção do IVA para os bens alimentares, bem como o reforço dos apoios à produção.
Por outro lado, defendeu que os custos fixos associados à energia devem ser equiparados no mercado Ibérico, “caso contrário ficamos sempre em desvantagem”.
Para a Confagri, é urgente que os “estrangulamentos operacionais” na aplicação do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) sejam resolvidos de modo a que os agricultores possam submeter as suas candidaturas.
Também no âmbito do PEPAC, a Confagri quer a suspensão de algumas das regras da condicionalidade, “para que os agricultores possam semear toda a sua área disponível”.
A confederação considera “quase imoral” que um país como Portugal, que tem défice de produção, “deixe de cultivar milhares de hectares”, afirmou, citado na mesma nota, o presidente da Confagri, Idalino Leão.