Um parlamento que elegeu como Presidente um apoiante de Otelo, jamais elegerá um ‘vice’ do CHEGA

Jorge Galveias nasceu em Abril de 1952. Chegou à política pela ‘mão’ do amigo de infância e vice-presidente do CHEGA, António Tânger Correa, quando já estava reformado. Deputado eleito pelo círculo de Aveiro, Jorge gosta de bacalhau cozido e quanto a futebol diz qu“Benfica sempre”.

O Parlamento voltou a chumbar a vice-presidência da Assembleia da República ao CHEGA. Por que acha que isto acontece?

Porque há uma enorme falta de democraticidade de certos grupos parlamentares e a tal “cerca sanitária” criada pelos partidos de esquerda e extrema-esquerda ao CHEGA, o que demonstra falta de respeito pelas centenas de milhares de eleitores do CHEGA, mas também pelos portugueses em geral. O chumbo não foi contra mim, mas contra o CHEGA.

Mas não se poderia esperar outra coisa de um Parlamento que elegeu como seu Presidente um deputado trotskista, que apoiou a candidatura de Otelo Saraiva de Carvalho à Presidência da República e que foi um dos principais apoiantes de José Sócrates. Desta forma, é claro que o Parlamento nunca poderia eleger um deputado que, como eu, represento o oposto: democracia, liberdade, família.

A realidade é que alguns deputados do PSD e os deputados do PS preferem ter comunistas e apoiantes de ditaduras como vice-presidente da AR (como nas anteriores legislaturas), do que um Democrata como são os deputados do CHEGA.

Acreditou que podia ser eleito?

Eu acredito sempre num milagre, pois acredito sempre na defesa do justo e do bem.                            Mas a realidade é muito clara. Sendo o PS um partido marxista nunca permitiria a minha eleição, tal como não permitiu a eleição dos meus companheiros de bancada. Um Partido que convida Lula para discursar na Assembleia da República Portuguesa no dia 25 de Abril não tolera ninguém que queira acabar com a corrupção. No entanto, o facto de ter sido proposto pelo Dr. André Ventura já foi, só por si, uma enorme honra.

Como é a relação com os deputados das restantes bancadas parlamentares?

É diferente de bancada para bancada. Com o Bloco de Esquerda e com o PCP simplesmente não existe. Para ter uma ideia, alguns nem aos ‘bom dia’ ou ‘boa tarde’ respondem. Com a maioria dos deputados do PS, PSD e IL existe uma relação de respeito e, com alguns, diria mesmo de amizade.

Como vê a problemática dos lares ilegais de idosos?

É um problema que se arrasta há décadas e que nunca foi enfrentado pelo Estado. Houvesse a vontade da Segurança Social em criar uma rede de lares para idosos e de ajudar a resolver pequenos problemas de alguns lares irregulares, tudo seria melhor.

A problemática dos lares ilegais é uma questão muito sensível e preocupante que, infelizmente, o Governo não quer resolver. Se os lares ilegais acabassem, o Estado ficaria com milhares de idosos a dormir na rua porque não é capaz de investir numa rede pública de lares.

O socialismo não só destrói a família, como também se quer ver livre dos idosos e, por isso, prefere apostar na Eutanásia.

O Estado devia dar prioridade ao apoio às famílias. Pensões dignas, serviços de saúde dignos, bem como proteção e segurança com o aumento das penas contra quem maltrate e abandone os idosos. Também nesta matéria o CHEGA já apresentou vários Projetos-Lei e de Resolução, mas foram todos chumbados pelo Partido Socialista.

Como se explica a uma pessoa que trabalhou uma vida inteira, fez os descontos que tinha de fazer e acaba os últimos anos de vida com uma pensão que não chega para as despesas?

É de uma falta de humanidade terrível! Tem sido uma das minhas lutas desde que sou deputado, com o total apoio do Dr André Ventura.

O Projecto-Lei apresentado pelo CHEGA (chumbado pela tal ‘cerca sanitária’ imposta pela esquerda) de aproximação da pensão mínima ao salário mínimo, ao longo de uma legislatura até que ambos tivessem o mesmo valor, seria uma ajuda.  Feitas as contas aos vários subsídios disto e daquilo, nesta e naquela altura, dados pelo Governo, não faria grande diferença no Orçamento do Estado.

As esmolas (subsídios) que o Governo vai dando quando lhe dá jeito não são mais do que uma forma de criar subsidiodependência.

Considera que há uma desvalorização dos idosos por parte das gerações mais novas? Porquê?

Sem dúvida. E essa desvalorização vem ocorrendo ao longo dos anos.

A transformação da sociedade causada pela destruição marxista do conceito de família enquanto núcleo fundamental é uma das grandes responsáveis. Os idosos deixaram de ser um “poço” de experiência e sabedoria, passando a trapos velhos inúteis, que apenas dão trabalho e despesa.

Felizmente, há jovens que começam a perceber e a aceitar que um dos pilares base da direita conservadora é, exatamente, a família.

O que é preciso fazer para melhorar a vida dos idosos?

Dignificá-los e respeitá-los! Dar condições às famílias para que os mantenham junto a si. Criar condições para que, aqueles que não têm familiares, possam ter lares confortáveis e com acompanhamento médico. Dar-lhes assim, um fim de vida digno.

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