26 Abril, 2024

O “voto inútil no CH” é uma psy op liberal

Introduzindo o conceito de psy op, definimo-lo como o uso de propaganda e técnicas psicológicas para enganar, intimidar, desmoralizar ou influenciar o pensamento ou o comportamento de um oponente. Estando o conceito esclarecido, avancemos.
Atualmente, a Iniciativa Liberal e os seus agentes digitais não aparentam saber lidar com o crescimento do CHEGA. Sejam 30 ou 20 deputados, o que sabemos é que muito provavelmente o CHEGA será 3ª força política em 2026, e a Iniciativa Liberal, agora com um líder menos carismático, concorre pelo 4º lugar com o BE.
Ora, o lugar do CDS na democracia portuguesa tinha um propósito: ser uma bengala do PSD.
A IL aparentou querer ocupar esse espaço institucional ao apelidar-se de “comprimido azul” do PSD nas eleições passadas. Agora, pela sua estratégia comunicacional, aparentam querer apertar um PSD preso entre a espada e a parede, na esperança que esta chantagem desincentive um voto no CHEGA.
Uma evidência é a irrisória tentativa da IL e dos seus companheiros mediáticos em criar uma ligação esquizofrénica entre o CHEGA e o pai da III República, como se este não fosse o seu maior inimigo. Qual o motivo de nos tentarem calar, difamar e ilegalizar se não o fôssemos?
De qualquer maneira, se os liberais quisessem ser úteis ao país, apertariam o PSD para não ser um partido apanhado por influenciadores bafientos e antipatrióticos, mas acontece que têm outras prioridades.
Outro erro da IL,  ao querer inutilizar o CHEGA, é fazê-lo sem compreender o eleitorado da nova direita, que não luta por programas de 600 páginas e teorias ideológicas fantásticas para chegar ao poder e sair em quatro anos como derrotado. Nós lutamos com a convicção de que se falharmos, Portugal morrerá como nós o conhecemos.
À data em que publico este artigo, nenhum partido português além do CHEGA consegue oferecer uma ideia de um novo sistema político, judicial e social, englobando a resolução dos desvalorizados problemas de corrupção, segurança, migração e falta de crescimento económico, abafado por um Estado ineficiente.
Porém, o azar destes partidos à nossa esquerda, é que o eleitorado do CHEGA tem um enorme potencial para pensar além desta mentalidade mainstream demo liberal, do ciclo eleitoral quadrienal, cujo único propósito é ativar as portas giratórias do poder e libertar dopamina política cheia de promessas e demagogias por parte dos partidos tradicionais.
Os eleitores do CHEGA estão fartos de décadas de mentiras por parte das elites políticas. As bolhas institucionais, partidárias e mediáticas tentam ignobilmente resumir esse sentimento a um mero descontentamento perigoso e irracional, como se a genuinidade desta consciência não fosse superior a quaisquer suposições subversivas.
Nós, pelo menos eu, não votamos para que o CHEGA seja uma muleta do PSD, só para dizer que temos um ministro. Não. Nós votamos num projeto de longo prazo, conscientes que o esforço faz parte da recompensa final: um país justo e livre para criar uma comunidade forte, viril, saudável, com orgulho e vontade em existir, sem relativismos insalubres.
A IV República será como uma fénix. E essa, tal como todos os neo regimes, só renascerá das cinzas. Estamos a passar coletivamente por um período económica e socialmente vulneráveis, de proporções que só o tempo nos dirá, porém, certamente num sistema insustentável. Inevitavelmente, o ponto se saturação será o momento decisório e vital desta democracia que deverá responder ao “Ser ou não ser” do povo português.
Nenhum liberal ou marxista encara a política como uma forma de organização coletiva material e imaterial. Como tal, é nosso dever fazer perceber a cada português deste país que apoiar a força social que quer que Portugal e o povo português “Sejam”, enquanto manifestação da sua vontade em constituir uma comunidade livre e soberana, inabalável por corriqueiras psy ops eleitoralistas, é uma obrigação metapolítica.

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