Suinicultores debatem sustentabilidade com foco na autossuficiência

©facebook.com/suinicultura.fpas

O Congresso Nacional de Suinicultura, que vai decorrer entre quarta e quinta-feira, em Ourém, vai debater a sustentabilidade económica, social e ambiental do setor, com foco na autossuficiência do país em carne de porco.

“É um congresso extremamente importante para o setor da suinocultura, até no contexto em que estamos a viver. O tema de fundo do congresso é a sustentabilidade em três pilares essenciais — económica, social e ambiental.

Para nós, a sustentabilidade é mais do que uma palavra da moda, mas algo que o setor tem interiorizado”, defendeu o presidente da Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS), David Neves, em declarações à Lusa.

Os vários especialistas que vão marcar presença no Teatro Municipal de Ourém vão abordar temas como o bem-estar animal, emissões de gases com efeitos de estufa, gestão de efluentes e as boas práticas do setor.
De acordo com a FPAS, a sustentabilidade é mesmo “um desígnio”, tendo em conta que, se esta não forma atingida, o setor não conseguirá crescer, a oferta reduz-se e o preço sobe.

“O que nos parece particularmente importante é que se tomem medidas estruturais que permitam que Portugal atinja limites próximos da autossuficiência”, destacou.

A federação disse ainda que, ao longo deste ano, os principais desafios com que o setor se vai deparar estão ligados à instabilidade gerada pela guerra na Ucrânia, em particular a volatilidade dos mercados.

“Contamos que possam vir a ser desenhadas medidas, nacionais e europeias, que permitam salvaguardar a garantia da continuidade da oferta no mercado, com qualidade, segurança alimentar e preço acessível para os consumidores”, vincou.

O X Congresso Nacional da Suinicultura, organizado pela FPAS, vai contar com as intervenções do antigo político Paulo Portas, da diretora do departamento de sustentabilidade e inovação, desenvolvimento e investigação do Grupo Vall Companys, Coral Carrasco Barco, e do presidente do grupo de trabalho para a sanidade animal da COPA-COGECA (organização que representa 22 milhões de agricultores).

Por confirmar está a presença da ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes.

Últimas de Economia

O prémio salarial atribuído aos jovens trabalhadores como forma de devolução das propinas, relativo aos pedidos apresentados no ano de 2024, vão ser pagos no final da segunda semana de setembro, divulgou ontem a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).
O caderno de encargos do concurso público menciona por 17 vezes a estação de Santo Ovídio e tem um programa preliminar para a edificação da estação subterrânea, bem como um apêndice com o mapa da sua localização, num terreno descampado em frente à atual estação de metro de D. João II.
A dívida pública na ótica de Maastricht, a que conta para Bruxelas, aumentou 1.000 milhões de euros em julho, no oitavo aumento consecutivo, para 288.000 milhões de euros, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), juntamente com os Vinhos Verdes, do Douro e do Porto, vai intensificar, durante as vindimas nestas regiões, o controlo à autenticidade e qualidade das uvas, foi hoje anunciado.
A Enxabarda, no Fundão, ganhou nova vida há mais de 20 anos, quando começou a converter mato em pomares de cerejeiras. Com a passagem do fogo, as dezenas de hectares de cerejal ardido tornam o futuro mais difícil.
Uma primavera "bastante chuvosa" e um verão com "vagas de calor" provocaram quebras de "20%" na produção de maçã, em Carrazeda de Ansiães, adiantou à Lusa a Associação de Fruticultores e Viticultores do Planalto de Ansiães.
O Douro deu o arranque à "festa" das vindimas e por toda a região a paisagem pinta-se de gente que culmina um ano de trabalho "mais tranquilo" na vinha e em que se perspetiva um aumento de produção.
O Alentejo está "estupefacto" e "em choque" com a medida aprovada pelo Governo para atribuir aos viticultores do Douro 50 cêntimos por quilo de uva entregue para destilação, afirmou hoje o presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana.
O Tribunal Judicial da Cidade de Maputo (TJCM) decidiu levar a julgamento o banco BCI, subsidiário em Moçambique do grupo português Caixa Geral de Depósitos (CGD), num processo por burla agravada contra um empresário moçambicano.
Em 2024, 5,1% dos portugueses em risco de pobreza não tinham acesso a uma refeição que contivesse carne, peixe ou um equivalente vegetariano, a cada dois dias.