TAP: Presidente do Conselho de Administração ouvido hoje na comissão de inquérito

© Facebook /Tap

O presidente do Conselho de Administração da TAP, Manuel Beja, vai ser hoje ouvido na comissão parlamentar de inquérito, para esclarecimentos sobre a saída de Alexandra Reis da companhia aérea, com uma indemnização de meio milhão de euros.

Manuel Beja e a presidente executiva da empresa, Christine Oumières-Widener, assinaram o acordo de saída da ex-administradora Alexandra Reis, no qual a Inspeção-Geral de Finanças (IGF) concluiu ter havido falhas graves, tendo o Governo decidido exonerar os dois responsáveis, alegando justa causa.

Ao contrário de Ourmières-Widener, Manuel Beja disse que não ia contestar a decisão.

Em junho de 2021, os acionistas da TAP aprovaram em assembleia-geral a nova administração liderada por Manuel Beja, que substituiu Miguel Frasquilho como presidente do Conselho de Administração da companhia aérea.

Até recentemente, o presidente do Conselho de Administração era um nome pouco conhecido na opinião pública, mas a situação alterou-se quando, em dezembro passado, o Correio da Manhã avançou que a ex-administradora Alexandra Reis, na altura secretária de Estado do Tesouro, tinha saído da TAP com uma indemnização de 500.000 euros.

Assim, espera-se que Manuel Beja seja inquirido sobre os contornos em que foi celebrado o acordo, por que não foi feito ao abrigo do estatuto de gestor público, que abrange a TAP e que não permite indemnizações naqueles montantes, bem como sobre as razões que levaram à saída de Alexandra Reis.

O presidente do Conselho de Administração é a quinta personalidade a ser ouvida pela comissão parlamentar de inquérito, constituída por iniciativa do Bloco de Esquerda, depois da IGF, do administrador financeiro, Gonçalo Pires, da presidente executiva e da ex-administradora Alexandra Reis.

O Governo anunciou, em 06 de março, que a IGF tinha concluído que o acordo celebrado para a saída antecipada de Alexandra Reis da TAP era nulo e que ia pedir a restituição dos valores.

A verificação pela IGF da legalidade da indemnização paga a Alexandra Reis foi determinada em 27 de dezembro do ano passado pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, e pelo então ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.

O caso levou a uma remodelação no Governo, incluindo a saída de Pedro Nuno Santos, que foi substituído por João Galamba.

Últimas de Economia

As exportações de azeite de Portugal deverão ter ultrapassado os mil milhões de euros em valor, em 2024, o que acontece pelo segundo ano consecutivo e é considerado "histórico" para o setor, destacou hoje um responsável.
Os embaixadores dos Estados-membros junto da União Europeia (UE) deram hoje, com abstenção da Hungria, ‘luz verde’ ao programa 150 mil milhões de euros em empréstimos a condições favoráveis para compras conjuntas militares, para reforçar a defesa comunitária.
A proposta de manual de procedimentos para o registo e contratação bilateral de energia elétrica está desde terça-feira até 20 de junho em consulta pública, anunciou a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
A bolsa de Lisboa negociava hoje em alta, com o PSI em máximos de quase 11 anos e as ações da EDP Renováveis a liderarem os ganhos, a subirem 3,32% para 9,19 euros.
O valor de dívidas fiscais cobrado de forma coerciva totalizou 1.349 milhões de euros em 2024, uma subida de 4,2% face ao ano anterior, com o IVA e IRS a responderem por quase dois terços daquele montante.
Os pagamentos a entidades através do sistema bancário português vão passar a apresentar o nome do destinatário a partir de hoje, transpondo uma norma do Banco de Portugal (BdP) que pretende combater a fraude bancária.
Os preços das casas na União Europeia (UE) voltaram a crescer no ano passado depois de uma queda em 2023 e Portugal registou a terceira maior subida entre os Estados-membros no último trimestre de 2024.
A Comissão Europeia mantém o valor para este ano e revê em ligeira baixa o do próximo.
A Comissão Europeia antecipa que Portugal irá conseguir um excedente orçamental de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, que se transformará num défice de 0,6% em 2026, segundo as previsões económicas de primavera divulgadas hoje.
O número de trabalhadores da administração pública subiu 1,3% até 31 de março, em termos homólogos, para 758.889 postos de trabalho, um novo máximo da série estatística iniciada em 2011, segundo dados hoje divulgados pela DGAEP.