CHEGA entregou ação contra ministérios das Finanças e Infraestruturas

©Folha Nacional

O CHEGA entregou hoje uma ação popular contra os ministérios das Finanças e das Infraestruturas por “gestão dolosa” na TAP, pedindo que o dinheiro gasto em indemnizações, remunerações ou compensações indevidas seja, devolvido ao erário público.

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, André Ventura disse que a ação popular entregue no tribunal administrativo de Lisboa visa o atuais ministros das Finanças, Fernando Medina, e das Infraestruturas, João Galamba, mas também os seus antecessores, João Leão e Pedro Nuno Santos.

O líder do CHEGA justificou esta ação popular com a existência de “uma lesão profunda do erário público e do dinheiro dos contribuintes” e com a “gestão dolosa ou negligente” da TAP por parte de “vários responsáveis públicos e políticos”.

Para o líder do CHEGA, houve “mentira deliberada por parte da companhia aérea, já então empresa pública, em relação não só às indemnizações pagas aos seus colaboradores, gestores ou funcionários, como ao próprio regulador”, referindo-se ao facto de o comunicado transmitido à Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM) sobre Alexandra Reis indicar que a sua saída da TAP foi uma renúncia, quando a própria diz que foi despedida.

Ventura alegou que os depoimentos feitos na comissão de inquérito à TAP indiciam uma “muito possível e provável associação criminosa com vista à diminuição do erário público, ao desvio de recursos públicos e à atribuição de bens públicos a terceiros”.

“Pela análise jurídica que fazemos, parece-nos evidente uma coisa: não só a inexistência de contratos escritos com alguns administradores, como a atribuição de benefícios ilegítimos, os próprios acordos de cessação serem nulos, e a violação das regras contidas no estatuto do gestor público”, disse.

Neste ponto relativo a uma alegada “associação criminosa” na TAP, Ventura destacou também o facto de, na comissão de inquérito, a presidente executiva da companhia aérea, Christine Ourmières-Widener, ter confirmado que o ex-secretário de Estado Hugo Mendes terá ajudado a redigir os esclarecimentos pedidos pelo próprio Governo sobre a indemnização de Alexandra Reis.

“Quando temos um Governo que pede esclarecimentos à TAP, e alguns desses membros do Governo auxiliam na construção desse esclarecimento para ocultação de factos relevantes ao interesse e ao erário público, nós estamos muito perto daquilo que é uma ação criminosa para efeitos da nossa legislação penal”, referiu.

Na ação popular hoje interposta, o CHEGA pede assim que sejam “devolvidas todas as quantias indevidamente pagas a título de indemnizações, remunerações, compensações e similares, com as demais consequências legais”.

“Pede-se o ressarcimento do Estado em todos estes bens que foram gastos em indemnizações ilegais e a responsabilização dos ministros em funções à altura dos factos, caso o Estado não seja ressarcido devidamente ou os visados não consigam ressarcir o Estado por vários motivos”, explicou Ventura.

O líder do CHEGA salientou que é a primeira vez que uma ação popular é interposta com vista à recuperação de dinheiro público, e disse esperar que “faça jurisprudência”.

“Pedimos a condenação dos visados, a intimação para a obtenção de informações e procuramos fazer jurisprudência para que outras empresas públicas no futuro não tenham o mesmo destino que a TAP teve”, disse.

A par desta ação popular, André Ventura anunciou também que o CHEGA vai pedir, na comissão parlamentar de inquérito, que seja divulgada “toda a documentação” sobre o processo de saída de Alexandra Reis da TAP.

Últimas de Política Nacional

Um despacho silencioso que entregou milhões ao Grupo Pestana e 22 escutas que ficaram na gaveta durante anos: dois episódios que voltam a colocar António Costa no centro de suspeitas políticas e judiciais.
O parlamento aprovou hoje o reforço da dotação orçamental do Tribunal Constitucional em 1,6 milhões de euros, por proposta do CHEGA, acedendo assim ao pedido feito pelos juízes do Palácio Ratton em audição parlamentar.
André Ventura deixou um recado direto ao país: Portugal deve condenar a Rússia, mas não enviará jovens portugueses para morrer na Ucrânia. O candidato presidencial exige clareza dos líderes políticos e garante que, se for eleito, evitará qualquer participação militar portuguesa no conflito.
O debate presidencial entre André Ventura e António José Seguro foi o mais visto da semana, superando largamente todos os restantes. No extremo oposto, o duelo entre Gouveia e Melo e João Cotrim de Figueiredo ficou no fundo da tabela, com a pior audiência registada.
André Ventura, presidente do CHEGA, marcou as comemorações do 25 de Novembro, defendendo o legado dos militares que travaram a deriva extremista e reafirmando que Portugal deve celebrar quem garantiu a liberdade e não quem tentou destruí-la.
O antigo Presidente da República Ramalho Eanes considerou hoje “historicamente oportuna a decisão política e militar de rememorar o 25 de Novembro”, salientando que não se trata de celebrar a data mas dignificar a instituição militar e a nação.
O vereador do CHEGA na Câmara de Braga, Filipe Aguiar, pediu hoje uma "atuação firme" do município perante denúncias que apontam para a passagem de cerca de meia centena de atestados de residência para um T3 na cidade.
O líder parlamentar do CHEGA, Pedro Pinto, anunciou hoje que o seu partido vai votar contra a proposta de Orçamento do Estado para 2026 na votação final global, agendada para quinta-feira.
O CHEGA voltou a bater de frente com o Governo após o novo chumbo ao aumento das pensões. O partido acusa o Executivo de “asfixiar quem trabalhou uma vida inteira” enquanto se refugia na “desculpa eterna do défice”.
O Ministério Público instaurou um inquérito depois de uma denúncia para um “aumento inexplicável” do número de eleitores inscritos na Freguesia de Guiães, em Vila Real, que passou de 576 inscritos nas legislativas para 660 nas autárquicas.