Ventura estabelece como meta CHEGA ultrapassar PSD nas sondagens em menos de um ano

©Folha Nacional

O presidente do CHEGA estabeleceu como meta ultrapassar o PSD nas sondagens “até ao final do ano ou início do primeiro trimestre” de 2024, considerando que Luís Montenegro assumiu que “não quer ser alternativa” ao PS.

Num vídeo enviado às redações, André Ventura reagiu à entrevista do presidente do PSD à CNN, na qual Montenegro rejeitou que o PSD possa fazer acordos de Governo ou ter o apoio de “políticas ou políticos racistas ou xenófobos, oportunistas ou populistas”.

“Não percebemos se se está a referir ou não diretamente ao CHEGA, mas tudo indica que era uma mensagem clara para nós, para o nosso partido e para os nossos militantes”, afirmou Ventura.

O presidente do CHEGA considerou que as declarações do líder do PSD são “especialmente graves” e demonstram que o principal partido da oposição “não quer ser uma alternativa ao PS e prefere voltar ao Governo com este PS do que ter um Governo à direita”-

Na entrevista à CNN, Montenegro desafiou o PS a dizer o que fará “se algum dos dois maiores partidos não tiver maioria absoluta”, esclarecendo se está disponível a viabilizar um executivo minoritário do PSD ou se quer tentar uma reedição da ‘geringonça’.

“As palavras de Luís Montenegro são de uma tremenda irresponsabilidade, indicam ao país que o PSD preferirá e estará disponível para ter o apoio do PS e não para uma mudança de direção no caminho do país, que implicaria certamente o CHEGA”, lamenta.

André Ventura conclui que o CHEGA “apenas pode e vai contar consigo próprio” e considerou que, com os valores atuais das sondagens, é possível aproximar-se e ultrapassar do PSD nos estudos de opinião.

“Nós vamos lutar para ultrapassar e liderar essa oposição à dita (…) Nos próximos seis meses nós certamente nos aproximaremos do PSD e ultrapassaremos nas sondagens as intenções de voto do PSD e aí estaremos prontos para liderar a oposição à direita e em Portugal”, começa por dizer.

Mais à frente, Ventura alarga o horizonte temporal que traça para atingir esta meta que, diz, “obrigará a redefinir os trabalhos do partido nos próximos meses”.

“Nós não esqueceremos aquilo que foi dito pelo presidente do PSD (…) para nós agora é claro como água: até ao final do ano, primeiro trimestre do próximo ano, o CHEGA liderará nas sondagens e liderará a oposição em Portugal. É este compromisso que estabeleço convosco e é esta a luta que vamos travar nos próximos tempos no panorama político português”, refere.

Últimas de Política Nacional

O IRC, as pensões, os imigrantes, os polícias e os bombeiros foram os temas das primeiras propostas que o CHEGA apresentou, esta segunda-feira, como alteração da proposta do Orçamento de Estado para 2025 (OE2025), em fase de especialidade, com várias iniciativas que definem as principais prioridades políticas do partido liderado por André Ventura.
O antigo primeiro-ministro José Sócrates, que está envolvido num dos maiores casos de corrupção portugueses, está livre de medidas de coação, o que significa que nada o prende de sair de Portugal.
O ministro das Infraestruturas disse hoje não ter qualquer dúvida que o novo aeroporto vai ser construído no Campo de Tiro de Alcochete e salientou o processo "absolutamente exemplar" que reuniu consenso do PSD e PS.
O presidente do CHEGA considerou hoje que despejar de habitações municipais quem participe em distúrbios é "uma questão de bom senso" e defendeu que a medida deveria ser aplicada em todo o país.
O ministro das Infraestruturas e Habitação garantiu hoje, no parlamento, que a reprivatização da TAP avança em 2025 e que a reputação da companhia aérea “é sólida”, após auscultação de interessados.
O grupo parlamentar do CHEGA na Assembleia Legislativa da Madeira entregou uma moção de censura ao Governo Regional liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, anunciou hoje o líder da estrutura regional do partido.
"Entendi ser esta a melhor decisão para me focar no meu trabalho na Câmara Municipal de Loures e prevenir que o Partido Socialista seja prejudicado por uma polémica criada pela descontextualização de uma recomendação aprovada por 64% dos vereadores da Câmara Municipal de Loures”, pode-se ler em comunicado.
O Presidente da República recebeu hoje os deputados do CHEGA no Palácio de Belém, correspondendo ao pedido de André Ventura para lhe apresentar um protesto com todo o seu grupo parlamentar.
“A América mudou hoje e virou à direita. A Europa tem de fazer o mesmo!", escreveu o líder do CHEGA na sua conta oficial do X.
O partido liderado por André Ventura e representado no Parlamento Europeu pelos eurodeputados António Tânger Corrêa e Tiago Moreira de Sá vai ainda avançar com um suplemento de risco, proposta incluída numa das suas primeiras alterações orçamentais.