Prejuízos da Philips agravam-se para 665 milhões no 1.º trimestre

© D.R.

A holandesa Philips anunciou hoje que aumentou os prejuízos no primeiro trimestre deste ano para 665 milhões de euros, contra um resultado negativo de 151 milhões contabilizados no mesmo período do ano anterior.

O agravamento dos prejuízos até março deste ano deveram-se às provisões feitas para fazer face a litígio, depois de ter retirado do mercado alguns de seus equipamentos de apoio à respiração.

A empresa tecnológica aprovisionou 575 milhões de euros antecipando “a ação judicial coletiva por prejuízos económicos” que está a decorrer nos tribunais norte-americanos, considerando tratar-se de “um passo importante para enfrentar este litígio” que resultou da retirada dos dispositivos médicos de suporte à respiração.

Em junho do ano passado, a empresa informou que retirou do mercado alguns aparelhos de respiração usados na terapia do sono e ventiladores mecânicos por temer que a espuma utilizada no seu fabrico pudesse ser tóxica e hoje indicou que 95% dos aparelhos já foram fabricados e que a maioria foi enviada aos pacientes.

Apesar dos prejuízos contabilizados no primeiro trimestre do ano fiscal, o lucro operacional bruto (ebitda) melhorou, bem como as vendas da empresa.

De facto, o ebitda ajustado aumentou 18%, para 575 milhões de euros, devido sobretudo ao incremento de 6% nas vendas, para 4.167 milhões de euros, parcialmente compensado pela subida da inflação.

O volume de negócios da empresa especializada em tecnologia médica foi impulsionado sobretudo pelo negócio na área do diagnóstico e tratamento, cujas vendas aumentaram 15%, seguidas do segmento ‘connected care’, que registou uma subida de 3% suportada pelos dispositivos de monitorização colocados nos hospitais.

Últimas de Economia

Os pagamentos aos beneficiários do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ultrapassaram a barreira dos 10.000 milhões de euros na última semana, com as empresas a manterem-se na liderança, segundo o último relatório de monitorização.
O endividamento do setor não financeiro, que reúne administrações públicas, empresas e particulares, aumentou 9.400 milhões de euros em setembro face a agosto, para 866.400 milhões de euros, anunciou hoje o Banco de Portugal (BdP).
O International Airlines Group (IAG) entregou à Parpública uma declaração de interesse no processo de privatização da TAP, anunciou hoje o grupo dono da British Airways e da Iberia, um dia antes do final do prazo definido.
O montante investido em certificados de aforro voltou a aumentar em outubro, em termos homólogos, para 39.387 milhões de euros, um crescimento de 15,4% em termos homólogos, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).
A intensidade energética da economia situou-se em 3,7 MJ/euro em 2023, traduzindo uma redução de 6,4% face a 2022, o resultado mais baixo da série disponível, anunciou hoje o Instituto Nacional e Estatística (INE).
O escândalo da privatização da TAP volta a rebentar: o Ministério Público constituiu quatro arguidos por suspeitas de que a companhia aérea foi comprada… com o próprio dinheiro da TAP. A operação 'Voo TP789' desencadeou 25 buscas explosivas e está a abalar o setor da aviação nacional.
A taxa de inflação homóloga fixou-se, em outubro, nos 2,1% na zona euro, confirmou hoje o Eurostat, indicando que na União Europeia (UE) foi de 2,5%, com Portugal a apresentar a sexta menor (2,0%).
A Polícia Judiciária realizou hoje várias buscas no âmbito da privatização da TAP em 2015.
O Conselho Económico e Social (CES) considera "insuficiente o grau de clareza" das transferências internas da Segurança Social e recomenda que a Conta Geral do Estado (CGE) "passe a incluir dados detalhados" sobre a Caixa Geral de Aposentações (CGA).
O Banco Central Europeu (BCE) considerou que dez bancos importantes da zona euro tinham em 2025 provisões insuficientes para cobrir os riscos de exposições a crédito malparado, menos oito bancos que na revisão supervisora de 2024.