EasyJet revê adesão à greve para 51%, sindicato rejeita e mantém 100%

©facebook.com/easyJetPortugal

Numa declaração enviada à Lusa, a transportadora disse que, “em atualização aos dados divulgados esta manhã”, a greve “registou hoje, 01 de junho, um impacto de 51%. Ou seja, 49% dos tripulantes apresentaram-se ao serviço”. Ao final da manhã, a empresa apontava para 58% de adesão.

Segundo a easyJet, “compareceram hoje 126 tripulantes de cabine portugueses dos 247 escalados”.

Contactado pela Lusa, o presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Ricardo Penarroias, disse que tinha dados “completamente opostos”.

Segundo o sindicalista, dos 50 voos previstos em Lisboa foram cancelados 44, em Faro não se realizou nenhum dos 12 programados e, no Porto, de 36 estimados, 26 foram cancelados.

Ricardo Penarroias vincou que a adesão foi de 100%, destacando que “apenas se realizaram serviços mínimos”.

O dirigente sindical disse que os números da easyJet são “pouco reais” e acusou a empresa de querer “camuflar” o impacto da greve. “Não há nenhum voo que não seja de serviços mínimos”, assegurou.

No dia 11 de maio, em comunicado, SNPVAC disse que a easyJet continua a considerar os tripulantes das bases portuguesas “trabalhadores menores” perpetuando a sua “precarização e discriminação relativamente aos colegas de outros países”.

De acordo com o sindicato, “o clima de tensão e desagrado e o longo impasse na resolução dos diversos diferendos laborais, levaram o SNPVAC a apresentar um pré-aviso de greve” para os dias 26, 28 e 30 de maio e 01 e 03 de junho.

Nos três dias de greve já cumpridos, o sindicato e a transportadora têm apresentado números muito diferentes, com a easyJet a referir adesões de 55%, 70%, 60% e a estrutura sindical a apontar para 100%.

A paralisação abrange “todos os voos realizados pela easyJet”, bem como os “demais serviços a que os tripulantes de cabine estão adstritos”, cujas “horas de apresentação ocorram em território nacional com início às 00:01 e fim às 24:00 de cada um dos dias” mencionados, lê-se no pré-aviso de greve, divulgado pelo sindicato.

Quando a paralisação foi marcada, a easyJet disse ter ficado “extremamente desapontada” com a convocação da greve, considerando a proposta do sindicato de aumentos entre os 63% e os 103% “impraticável”, e anunciou que ia fazer alterações nos voos antes da greve, para mitigar o impacto nos clientes.

Num comunicado no dia 19 de maio, o SNPVAC garantiu que “a easyJet decidiu previamente proceder ao cancelamento massivo de voos: dos 458 voos originais a saírem das bases portuguesas de Lisboa, Porto e Faro, a companhia já cancelou previamente 384 voos, ou seja, 84% dos voos planeados”.

Últimas de Economia

Menos de um quinto das contas de 2024 das entidades que integram os subsetores da Administração Central e da Segurança Social foram instruídas com a respetiva certificação legal, inviabilizando uma leitura consolidada e fiável, segundo um relatório do TdC.
Os preços de ouro e prata, metais preciosos considerados investimento seguro em tempos incertos, bateram, esta segunda-feira, valores recorde, respetivamente com 4.080 dólares (3.512 euros) e 51 dólares (44 euros) a onça de cada um, segundo a Bloomberg.
A agência de notação financeira Fitch Ratings manteve o 'rating' da Região Autónoma dos Açores em "BBB", com perspetiva de longo prazo estável, foi hoje divulgado.
O IEFP estima abranger 8.000 beneficiários com o novo incentivo de regresso ao trabalho, que permite que os desempregados até aos 30 anos possam acumular até 35% do subsídio desemprego com novo salário, adiantou o MTSSS à Lusa.
O número de voos comerciais na União Europeia aumentou 2,6% em setembro face ao mesmo mês de 2024, mas manteve-se 1,8% aquém do registado em 2019, antes da pandemia da covid-19, divulga hoje o Eurostat.
A prata ultrapassou hoje os 50 dólares por onça pela primeira vez desde 1993 impulsionada pela procura de investimentos refúgio num contexto de incertezas económicas e políticas.
A Comissão Europeia deu hoje dois meses a Portugal para transpor corretamente as regras comunitárias sobre reduções de preços nos serviços, que visam salvaguardar a proteção dos consumidores, considerando que o país não respeita normas sobre práticas comerciais.
Os custos de construção de habitação nova aumentaram 3,8% em agosto, em termos homólogos, 0,9 pontos percentuais abaixo de julho, tendo o preço dos materiais subido 0,9% e o da mão-de-obra 7,3%, divulgou hoje o INE.
Alterações fiscais e incentivos ao abate são algumas das principais medidas que várias associações do setor automóvel gostariam de ver incluídas no Orçamento do Estado para o próximo ano (OE2026).
Portugal registou o maior aumento dos preços das casas entre os países da União Europeia (UE) no segundo trimestre, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat.