Porque existe um sistema que continua fiel a um princípio e um objetivo. Inicialmente quiseram impor o socialismo à força que o 25 de Novembro e a coragem de alguns militares e políticos adiaram. Logo parecendo que a liberdade tinha conquistado o seu espaço numa democracia que não teve o cuidado de formar os cidadãos para exercerem os seus direitos e cumprirem integralmente os seus deveres para com a nação e os portugueses.
À conta da dita liberdade, oportunistas disfarçados de políticos, sequestraram a democracia, legalizaram o roubo, e institucionalizaram a corrupção, com a «conivência» da justiça, a cumplicidade dos meios de comunicação e a tal ingenuidade dum povo sem cultura democrática.
Num país onde mais de 50% sobrevivem com menos de 800 Euros, onde 2 milhões de cidadãos sobrevivem no limiar da pobreza e 10% dos portugueses, não conseguem adquirir os medicamentos de que necessita. Após quase meio século de regime democrático parece ter passado a mensagem de que este é o modelo que não tem outra alternativa e afinal, mais de 5 milhões de portugueses abstencionistas e que na Região Autónoma da Madeira rondam os 120 mil, já não acreditam nesta forma de democracia. Afinal as catástrofes têm a sua época, não fosse agora a tempestade “Oscar” ser designada de fora de época num final de Primavera e princípio de Verão ter de suportar este desastroso inverno que estragou com a abundante produção de cerejas, e os produtores já fazem contas à vida, com pedidos de ajudas governamentais, já que parece que não facilitam em nada os designados seguros de colheitas.
Em contrapartida as (semilhas do São João) agradecem esta água, as albufeiras e as lagoas também, pois da água que não foi para o mar, deu para felizmente regar alguns poios (hortas) de bananeiras, semilhas, feijão e maçarocas. Mas nesta salada de fruta ou tutti-frutti, onde não podem experimentar uma aventura de adicionar tomates; «apesar de ser fruta,» entre Medi(a)nas e Galambadas, (CEO), comissões par(a)lamentares de inquérito e TAPe e que na R.A. da Madeira no que a obras inventadas se refere, o que afinal eram apenas uma obra da imaginação dum outrora deputado Marco S. Quaresma Gonçalves M. perante tal indiferença aos olhos dos cidadãos, duma total confusão e aldrabices às quais o sistema já nos habituou e infelizmente o povo acha-se incapaz de o resolver, mesmo que a democracia seja a decisão do povo, a liberdade permitiu infelizmente manter esse mesmo povo na ignorância para que políticos inescrupulosos pudessem fazer valer a sua «inteligência» e continuarem a sobreviver à custa da miséria desse mesmo povo.
Enquanto não for erradicado da Constituição da República o preâmbulo que diz: (assegurar o primado do Estado de direito democrático e de abrir caminho para uma sociedade socialista), nada feito. Ou será mesmo que não existe alternativa? A credibilidade da classe política posta propositadamente em causa, fez criar o total descrédito da mesma, ao ponto de acharem que somos todos da mesma laia. Ou será que os cidadãos comuns não podem estar na política com o anseio de servir o país? Temos de substituir o medo pela coragem e desta vez não podemos ser nós próprios os cúmplices da nossa própria miséria. Os políticos do mundo novo que abusando da ingenuidade, subestimam o povo.
Afinal tudo muda e já dizia o nosso poeta Luis Vaz de Camões: Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiança: Todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades. Já chega de ter receio de alterar este modelo de democracia ou optar por alternativas, com coragem e determinação podemos lutar contra os oportunistas e combater a corrupção. Teremos de passar a nossa mensagem sem ofensas, mas com a convicção de que é possível uma nova maneira de fazer política e uma nova forma de estar em democracia. Queremos restaurar a democracia, restituir a liberdade e resgatar os valores da sociedade com base na família como o pilar duma sociedade equilibrada e reformular a justiça com equidade. Será que ainda conseguiremos fazer passar a mensagem atempadamente aos portugueses que para mudar algo é preciso começar por mudarmos de atitude e na hora de sermos chamados a votar, fazê-lo de forma diferente? Porque a política não é só para vigaristas, malabaristas, oportunistas e corruptos, os cidadãos comuns, íntegros e honestos que abraçam este projeto, aqueles que sentimos a necessidade de querermos endireitar o país, augurando mais justiça e equidade, também temos o nosso espaço em democracia e devemos assumir esse compromisso e temos uma missão a cumprir, mas também podemos e devemos dar o nosso contributo para que com dignidade possamos ajudar a reconstruir um Portugal com justiça.