O CHEGA manifestou hoje preocupação com eventuais perturbações no início do próximo ano letivo, após uma reunião com a Federação Nacional de Educação (FNE), insistindo que o primeiro-ministro assuma as negociações com os professores.
Em declarações aos jornalistas, após uma reunião com representantes da Federação Nacional de Educação (FNE), o presidente do partido, André Ventura, referiu que os profissionais do setor manifestaram “o desagrado profundo em que se encontram face à paralisação das negociações do Governo na área da educação”.
“Segundo todas as forças sindicais que ouvimos, com toda a probabilidade vamos ter um final do ano letivo, na parte dos exames, caótico, e um início do próximo ano letivo com luta nas escolas, aos exames, ao início do ano letivo e com grande perturbação”, salientou.
De acordo com André Ventura, a FNE transmitiu ao CHEGA que “as formas de luta vão continuar”.
“Voltamos a dizer ao senhor primeiro-ministro e a pedir que assuma ele próprio esta dimensão da negociação com os professores”, insistiu Ventura, depois de já ter feito este apelo noutras ocasiões.
Para o CHEGA, “já passou tempo demais” e o ministro da Educação, João Costa, “não consegue resolver este problema”, considerando que “não há uma única força sindical satisfeita com o que se passa”.
O líder do partido disse que também foi abordada na reunião com a FNE a inflação e o aumento do custo de vida, pedindo a António Costa “posição de firme contrariedade” à política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e ao aumento das taxas de juro.
No passado dia 19 de junho, a Federação Nacional de Educação (FNE) apresentou ao ministro da Educação os seus novos dirigentes e pediu a retoma de negociações, tendo obtido resposta positiva para algumas matérias, mas ficado sem resposta sobre o tempo de serviço.