10 Maio, 2024

Desliguem o complicómetro pelo superior interesse das crianças

O ser humano não é um robô que se possa programar! É um ser vivo com cérebro, neurónios…, e, como tal ao ter consciência reage a estímulos internos e externos que promovem pensamento próprio.

  É através do pensamento e da capacidade de reagir, retrair ou abstrair desses estímulos, que o seu comportamento pode ser mais ou menos reprovável ou mais ou menos aceitável.

  Raciocinar, analisar, resolver, julgar, criar,… São reações que podem ser mais ou menos intensas, dependendo da sensibilidade, da auto-confiança, da auto-estima, do ego e da maturidade de cada indivíduo, bem como, do momento, do espaço e do tempo da interação entre a receção e a reação ao estímulo.

  Por sua vez, o cérebro de uma criança tem a capacidade de uma esponja, pois absorve tudo o que ouve, vê, sente, cheira, bem como, o que lhe é dito, ensinado, submetido e subjugado.

  Uma criança para ser feliz, tem de se sentir bem no espaço em que está inserida (familiar, escolar, social…).

  A sua inocência não deve ser perturbada nem comprometida. Os estímulos que promovem o seu crescimento e maturidade devem ser coerentes com a sua idade.

  O exemplo mais flagrante e mais recente que, de certo modo, afetou o seu crescimento, foi o modo como se geriu a pandemia, a quando da interrupção abrupta da rotina das crianças. 

Desenho por Juliana Nunes

  O Chega Porto Tv, num trabalho de proximidade, foi ao terreno para melhor perceber a opinião do povo no distrito do porto. No âmbito de promover a confiança e, ao mesmo tempo, a privacidade dos inquiridos, apenas expomos algumas opiniões mais relevantes para o tema sem vídeo/áudio :

  – “Santo nome de Jesus! Então os cachopos não vão querer ir à escola!” 

  – “A escola é para aprender ou p’ra quê?”

  – “Anda tudo doido? E fui eu votar no Partido Socialista! P…!”

  – “Os raparigos deviam era ter juízo.”

  – “Ui! Ele nem vai querer passar de ano, vai ser uma festa.” (Risos) 

  – “A catraia é boa aluna, tenho medo que baixe as notas, com vergonha.”

  – “Ponho-lhe o quê na mochila? Preservativos?”

  – “Quem for mal intencionado, vai se aproveitar da ocasião e vai haver mais bullying e violação…”

  – “Igualdade de género, não é imposição de género.” 

  – “É um desrespeito pela privacidade das crianças e uma invasão ao seu crescimento. Nem eu na minha casa quero que entrem na casa de banho, quando eu lá estou a … quanto mais! Tenham juízo!”

  – “É para formar profissionais de alter.… só pode! Tristeza!”

   As casas de banho e balneários, no seu interior já têm divisões, fecham a portinha e voilá! 

   A privacidade já existe, para quê complicar?     

   Querem  literalmente, abrir as portas aos mirones?

  Ou somos livres ou não somos. Não podemos  confundir liberdade de libertinagem.

  Ou somos respeitados ou não somos. A liberdade de um termina quando começa a liberdade do outro.

  Ou temos bom senso ou não temos! 

  Há que ter um pensamento lógico, equilibrado e harmonioso. Pensemos mais nas crianças e menos no nosso umbigo.

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