O mal-estar de Montenegro era visível na sua primeira intervenção após serem anunciados os resultados eleitorais na Madeira. Quis colar-se a uma vitória clara, para quebrar o jejum do PSD e dar balanço à sua liderança, mas os factos são factos: embora coligado com o CDS, o partido perdeu a maioria absoluta.
Além do fracasso do PSD-CDS e do surpreendente tsunami do PS, a ética também saiu derrotada, sem “linhas vermelhas”. O candidato do PSD, Miguel Albuquerque, que durante a campanha disse não ficar no Governo se não lhe dessem uma maioria absoluta, não só não cumpriu a palavra, demitindo-se, como se aliou ao PAN, a muleta do PS, para ir para o poder.
O PAN, que é um inimigo feroz das tradições e liberdades, sobretudo da agricultura e do mundo rural, que coloca os animais ao mesmo nível das pessoas, pró-eutanásia e que defende a ideologia de género…
Os eleitores madeirenses não mereciam esta traição!
O CHEGA foi um claro vencedor: elegeu um grupo parlamentar e logo com quatro deputados! Muito mais do que os ‘veteranos’ Bloco de Esquerda e PCP! Lembram-se que tudo foi feito para um resultado zero para o CHEGA? Que a impossibilidade de concorrer nestas eleições esteve em cima da mesa? Lembram-se? Nós não nos esquecemos e os eleitores responderam em força com o seu voto em democracia!
Isto quer dizer que tudo vale para afastar coligações com o CHEGA, nem que para isso seja necessário vender a alma ao diabo. A falta de ética não veio afinal do ‘perigoso’ CHEGA, mas dos democráticos PSD-CDS e PAN!
Uma coisa ficou clara: se os portugueses querem votar num governo de direita e não num embuste, têm de votar no CHEGA!