Ex-secretário de Estado recusa ilícito e manifesta disponibilidade para colaborar com a justiça

O ex-secretário de Estado da Juventude e do Desporto João Paulo Rebelo manifestou hoje disponibilidade para colaborar com as autoridades no âmbito da Operação “Arrangements”, esperando uma investigação rápida e recusando qualquer ilícito.

Site Oficial do Governo da República Portuguesa

Em declarações aos jornalistas no parlamento, o também deputado do PS recordou que a situação que está a ser investigada já tinha sido noticiada em 2019 e, na altura, na sua perspetiva, deu “explicações mais do que suficientes para o sucedido”.

Na terça-feira, fonte da PJ disse à Lusa que as residências do ex-governante em Viseu e Lisboa estiveram entre os alvos das nove buscas domiciliárias e não domiciliárias que foram feitas pelas autoridades no âmbito da Operação “Arrangements”.

“Não estou, sublinho, acusado de coisa nenhuma, mais não estou sequer arguido. Há uma investigação que está em curso, e o que desejo (…) é que, o mais depressa possível, sejam chegadas conclusões”, disse.

João Paulo Rebelo disse que foi contactado pela PJ esta terça-feira, tendo sido informado que queriam ter acesso aos dados do seu telemóvel e computador.

“Disse, com certeza que sim. Assim que chegasse a Lisboa [de Madrid, onde se encontrava em representação parlamentar], estaria disponível, como estive há três anos e meio, como estive ao longo de todo o tempo, e como estarei no futuro, a prestar todos os esclarecimentos que sejam necessários”, referiu, acrescentando que deixou o telemóvel e computador na PJ para serem copiados os seus dados.

O antigo governante recusou a prática de qualquer ilícito e garantiu estar de “consciência absolutamente tranquila”.

“Já sei que os nossos adversários ficam sempre satisfeitos em verem-nos nestas circunstâncias. Não deviam, porque qualquer dia é com outro. Continuo otimista, um progressista, a acreditar que podemos ter uma sociedade melhor, um país melhor, um mundo melhor. Farei a minha parte”, acrescentou.

Os factos sob investigação têm origem em 2019 e assentam em dois eixos: a celebração de um contrato público, por ajuste direto, ao abrigo do Projeto PRID — Programa de Reabilitação de Infraestruturas Desportivas, para aquisição de serviços de engenharia, com pessoa sem habilitação legal para a prática de atos decorrentes daquela profissão e suspeitas de favorecimento de contratação pública em relação a testes de diagnóstico do coronavírus SARS-CoV-2.

Últimas de Política Nacional

O Presidente do CHEGA disse hoje que tem recebido denúncias de que os boletins de voto não estão a chegar aos portugueses que votam no estrangeiro e pediu à Comissão Nacional de Eleições (CNE) que esclareça esta questão.
O presidente do CHEGA, André Ventura, condenou hoje o incidente em que o líder da IL foi atingido com pó verde e considerou que quem o fez prestou "um péssimo serviço à democracia".
O presidente do CHEGA, André Ventura, agradeceu hoje aos polícias que têm acompanhado as ações de rua do partido no âmbito da campanha eleitoral às legislativas de 18 de maio.
O líder do CHEGA chegou hoje ao almoço-comício em Castelo Branco de mota, no lugar do pendura, afirmou que o partido quer vencer as eleições de dia 18 e conduzir os destinos do país.
O Presidente da República apelou hoje ao voto, lembrando que nos próximos 12 meses não pode haver eleições, e disse considerar que o número de pessoas a votar antecipadamente é um sinal de que a abstenção poderá baixar.
O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou no sábado que "o sistema tem medo" de uma vitória do seu partido e afirmou que seria um governante "autoritário em alguns casos", prometendo "um governo completamente diferente".
O líder do CHEGA, André Ventura, disse hoje que tem recebido ameaças de morte, mas indicou que não mudará "um milímetro" da campanha, e não vai apresentar queixa ou reforçar a sua segurança privada.
A campanha do CHEGA viveu hoje um novo momento de tensão entre a comitiva e elementos da comunidade cigana, em Viana do Castelo, pelo terceiro dia consecutivo, com troca de insultos de parte a parte.
O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa recusou o pedido de Luís Montenegro para a retirada dos cartazes do CHEGA em que o primeiro-ministro aparece ao lado do ex-chefe do Governo socialista José Sócrates associado ao tema da corrupção.
O cabeça de lista do CHEGA pelo círculo de Braga, Filipe Melo, criticou hoje os "partidos híbridos, que ninguém percebe o que são", e disse querer "acabar com o socialismo" e eleger mais deputados pelo distrito.