Luto nacional na República Checa por tiroteiro que matou 15 pessoas

A República Checa assinala hoje um dia de luto nacional pelo tiroteio ocorrido na quinta-feira na Faculdade de Belas-Artes de Praga, que causou a morte de 15 pessoas, entre elas o atirador.

© D.R.

No âmbito do luto nacional, os edifícios oficiais têm a bandeira do país a meia haste e um estandarte negro, e ao meio-dia locais (11:00 em Lisboa) os sinos das igrejas tocaram para assinalar um minuto de silêncio.

Decorrem também atos fúnebres, que incluem uma missa na catedral de São Vito, na qual participa o chefe de Estado checo, Petr Pavel, e os presidentes de duas câmaras do Parlamento.

“Estamos a viver um horror enorme, mas é incomparável com o que sofreram as vítimas, os seus entes queridos e feridos”, afirmou, antes da cerimónia, o presidente do Senado, Milos Vystrcil ao canal público CT24.

“Não se trata apenas de melhorar a segurança das universidades, trata-se da forma como os meios de comunicação funcionam e de como educamos os nossos filhos e netos”, afirmou também o político conservador, depois de repetidos apelos do Governo para que haja discrição na divulgação de notícias sobre a tragédia.

A polícia está a investigar até oito alegados crimes de desinformação, apelo à violência e ameaças nas redes sociais, tendo já detido preventivamente várias pessoas.

A democracia “consiste em encontrar a fronteira entre a liberdade e a sua regulação”, salientou Vystrcil.

Na reitoria da Universidade Carolina, em Praga foi montada uma ampla zona de devoção, onde muitas pessoas estão a acender velas, à semelhança do que está a acontecer na Faculdade de Filosofia, onde ocorreu a tragédia.

O ataque aconteceu na quinta-feira, quando um estudante checo começou a disparar indiscriminadamente contra os seus colegas sendo os motivos do crime ainda desconhecidos.

Depois do ataque, que causou a morte a 14 colegas, o autor do tiroteio cometeu suicídio.

Segundo o chefe da polícia, Martin Vondrasek, a polícia começou a procurar o jovem antes mesmo do tiroteio, depois de o seu pai ter sido encontrado morto na vila de Hostoun, a oeste de Praga.

Além dos mortos, o tiroteio provocou 25 feridos, nove dos quais ficaram em estado grave.

Últimas do Mundo

O exército israelita anunciou, a meio da tarde de hoje, que estava "atualmente" a atacar vários locais no Irão, depois de as forças iranianas terem disparado mísseis em resposta ao ataque israelita do dia anterior.
O Papa Leão XIV pediu hoje “responsabilidade e razão” a Israel e ao Irão, dada a “grave deterioração da situação” entre os dois países, e defendeu um compromisso para um mundo livre da ameaça nuclear.
As Forças Armadas ucranianas atacaram duas fábricas russas envolvidas na produção de explosivos para o exército russo durante a noite, informou o Estado-Maior do exército ucraniano.
Familiares de Rodrigo Cabezas disseram que desconhecem o paradeiro do economista, ex-ministro e professor universitário depois de ter sido detido, na quinta-feira, pelo Serviço Bolivariano de Inteligência, os serviços de informações da Venezuela.
As vagas de mísseis lançados pelo Irão contra Israel desde a noite de sexta-feira causaram pelo menos três mortos e dezenas de feridos, disse hoje o serviço de emergência israelita.
O secretário-geral da NATO insistiu hoje na urgência de um maior investimento em Defesa face à ameaça vinda da Rússia, depois de Berlim ter advertido que Moscovo poderá atacar território da Aliança em 2030.
Um avião despenhou-se hoje no aeroporto de Ahmedabad, no oeste da Índia, de acordo com os bombeiros locais.
Pelo menos 14 civis ficaram hoje feridos num ataque noturno da Rússia com ‘drones’ à cidade de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, um dia depois de três pessoas terem morrido e outras 60 terem ficado feridas.
Os Estados Unidos iniciaram uma revisão do pacto de segurança AUKUS, assinado em 2021 com o Reino Unido e Austrália, em linha com a ideologia do novo Presidente norte-americano, revelou hoje o Financial Times.
A Comissão Europeia anunciou hoje ter atualizado a lista da União Europeia (UE) referente a países de alto risco para reforçar a luta internacional contra a criminalidade financeira, passando a incluir Angola e outros nove jurisdições.