Israel faz ataques aéreos e terrestres ao Hamas no sul da Faixa de Gaza

O exército de Israel disse hoje que destruiu infraestruturas, apreendeu armas e matou militantes do grupo islâmico Hamas no sul da Faixa de Gaza, no decorrer de uma ofensiva aérea e terrestre.

©Facebook Israel Reports

 

As tropas israelitas “continuam a eliminar terroristas e a localizar armas e equipamento militar no coração de Khan Yunis”, a região mais importante no sul do enclave e bastião do Hamas, indicou um porta-voz do Exército israelita.

“A equipa de bombeiros da brigada de comando dirigiu um avião que eliminou três terroristas que se dedicavam a enterrar artefactos explosivos perto das forças”, enquanto as tropas terrestres destruíram um depósito militar onde se encontravam numerosas munições, armas e diversos meios tecnológicos e confrontaram-se, corpo a corpo, com os milicianos”, adiantou.

“Num dos confrontos, sete terroristas, que dispararam lança-foguetes antitanque RPG contra os soldados, foram identificados dentro de um edifício e eliminados com projéteis de tanque”, acrescentou o porta-voz.

Isto ocorreu no 113.º dia de guerra e fez aumentar o número de mortos na Faixa de Gaza, onde, pelo menos, 26.083 palestinos já perderam a vida, a maioria crianças e mulheres, e outros 64.487 ficaram feridos.

O hospital Al Amal, em Khan Yunis, que está cercado há vários dias por as forças israelitas, “recebeu três mortos e nove feridos durante as últimas horas como resultado de bombardeamentos da ocupação contras as casas que rodeiam o hospital”, denunciou o serviço de emergência Crescente Vermelho.

A agência oficial de notícias palestina, Wafa, divulgou que, “pelo menos, dois civis morreram hoje e outros resultaram feridos depois de um ataque aéreo israelita dirigido a uma casa no bairro de Al Yeneina, em Rafah”, uma cidade no extremo sul do enclave, na fronteira com o Egito, para onde se deslocaram centenas de milhares de habitantes de Gaza se mudaram, incluindo Khan Yunis.

O exército israelita disse esta sexta-feira que está a realizar a “operação precisa” nos principais hospitais de Khan Yunis, como o Nasser e o Al Amal, argumentando que os militantes do Hamas operam a partir do interior.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, denunciou há uns dias que “a ocupação israelita está a cercar os hospitais de Khan Yunis, paralisando-os completamente, enquanto comete crimes de genocídio e impede a circulação de ambulâncias”.

Segundo o ministério, o hospital Nasser – onde operam uns 150 membros do pessoal médico que cuidam de 350 pacientes – e o hospital Al Amal estão “sem alimentos e sem segurança”, e desprovidos de anestésicos e analgésicos.

A agência humanitária da ONU, OCHA, disse que o hospital Nasser, que atualmente alberga cerca de 18.000 desalojados, está a funcionar sob “condições mínimas e está rodeado por o exército israelita e enfrenta intensos combates, pelo que não pode receber pacientes nem suprimentos”.

O mais recente conflito entre Israel e o Hamas foi desencadeado pelo ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita, matando cerca de 1.140 pessoas, na maioria civis, e levando mais de 200 reféns, segundo números oficiais de Telavive.

Em retaliação, Israel, que prometeu eliminar o movimento islamita palestiniano considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, onde, segundo as autoridades locais tuteladas pelo Hamas, já foram mortas mais de 26.000 pessoas – na maioria mulheres, crianças e adolescentes.

O conflito provocou também cerca de 1,9 milhões de deslocados (cerca de 85% da população), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.

Últimas do Mundo

A Comissão Europeia pediu hoje aos Estados-membros da União Europeia (UE) que submetam, até março de 2026, planos nacionais para eliminação gradual das importações de gás russo, visando abandonar os combustíveis fósseis da Rússia até final de 2027.
Um grupo de 37 portugueses está retido na Jordânia devido ao encerramento do espaço aéreo após o início do conflito armado entre Israel e o Irão, na sexta-feira passada, e acusa as autoridades portugueses de falta de apoio.
O Irão bombardeou esta noite com mísseis várias cidades israelitas importantes, matando, pelo menos, cinco pessoas, segundo os serviços de emergência de Israel, em resposta aos ataques israelitas que atingiram território iraniano pela quarta noite consecutiva.
Um proeminente jornalista saudita, detido em 2018 e condenado por terrorismo e traição, foi executado na Arábia Saudita, informou hoje a autoridade deste país, enquanto grupos de ativistas afirmam que as acusações contra Turki Al-Jasser foram forjadas.
O projeto que visa o reforço da defesa da União Europeia (UE) através da inovação tecnológica associada a um sistema de mísseis vai contar com inteligência artificial (IA) desenvolvida pela empresa portuguesa Critical Software, revelou fonte empresarial.
O exército de Israel confirmou hoje ter atacado instalações nucleares iranianas em Isfahan, no centro do Irão, após a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) ter indicado no sábado à noite que quatro edifícios críticos sofreram danos.
O Papa Leão XIV apelou hoje à paz no Médio Oriente, na Ucrânia e noutros locais do mundo, e lembrou o recente massacre na Nigéria, onde morreram cerca de 200 pessoas, a maioria abrigada numa missão católica.
O primeiro-ministro de Israel afirmou hoje que o exército israelita vai atacar “todos os locais do regime” no Irão, acrescentando que os ataques desferiram um “golpe duro ao programa” nuclear da República Islâmica.
Os Presidentes russo, Vladimir Putin, e norte-americano, Donald Trump, debateram hoje, numa conversa telefónica de 50 minutos, a escalada da situação no Médio Oriente e as negociações de paz na Ucrânia, indicou o Kremlin.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou para um abrandamento do apoio europeu à Ucrânia face à invasão russa e manifestou receio de que o confronto entre Israel e o Irão conduza a uma nova redução da ajuda ocidental.