De “enganar idosos” a “privatizar e despedir”. Assim debateram CHEGA e IL

O líder da IL acusou o CHEGA de ser socialista e querer "enganar os idosos" com a "medida impossível" das pensões, tendo André Ventura classificado a Iniciativa Liberal como o "partidos dos ricos".

© Folha Nacional

O debate sobre as legislativas entre Rui Rocha e André Ventura, transmitido pela SIC Notícias, foi aceso e ficou marcado por temas como a TAP, a proposta do CHEGA sobre as pensões, a imigração e os possíveis acordos depois das eleições de 10 de março.

A promessa do CHEGA para equiparar as pensões ao valor do salário mínimo nacional foi a primeira usada pelo líder da IL para acusar André Ventura de ser socialista, já que levaria o país à bancarrota e seria “impossível de cumprir”. De acordo com Rui Rocha, tal medida custaria entre sete a nove mil milhões de euros.

“Está a querer enganar os idosos”, comparando Ventura a “uma criança que está num parque de diversões e quer andar em todos os carrosséis”.

Perante a pergunta de como pagaria esta medida, Ventura respondeu apenas que seria com aquilo que se perde com a corrupção, a economia paralela e a taxação de lucros da banca e perguntou a Rui Rocha se se sentia confortável com as pensões baixas que existem em Portugal.

“Vocês não são o partido dos portugueses, vocês são os partidos dos ricos”, atirou Ventura a Rocha.

Por mais do que uma vez, o presidente do CHEGA acusou a IL de só conhecer duas palavras que são “privatizar e despedir” e de estar “doidinha para se meter na cama com o PSD”.

Esta resposta de André Ventura surgiu depois de Rui Rocha ter desafiado o líder do CHEGA a assinar uma declaração, que leu em estúdio, no qual se comprometeria a apoiar a um governo minoritário PSD/IL, considerando que não tem havido clareza neste tema.

“Eu, André Claro Amaral Ventura, enquanto presidente do partido CHEGA, assumo perante os portugueses que viabilizarei um governo minoritário entre PSD e IL de modo transformar Portugal e a retirar o PS do poder. Oeiras, 06 de fevereiro de 2024”, citou.

Na resposta, o presidente do CHEGA considerou que “um partido com 4% ou 5% não impõe linhas vermelhas aos outros”, o que “é uma questão de humildade que falta à IL”.

“Eu estou à vontade porque essas declarações que a IL vai buscar ao caixote do lixo eu não sei de onde é que são, mas há uma coisa que sei. Ao contrário de si, eu não sou líder do partido há um ano nem há oito meses, eu sou líder do partido há cinco anos e esses cinco anos foram sempre a crescer, ao contrário das suas sondagens”, começou por responder, reiterando que a posição de que “ou haveria acordo de Governo” do CHEGA ou não haveria executivo de todo.

 

Últimas de Política Nacional

O número de pedidos de asilo tem aumentado exponencialmente na União Europeia e no nosso país também.
A Iniciativa Liberal (IL) convocou um Conselho Nacional para o dia 20 de outubro, em Coimbra, em resposta às críticas dos militantes que denunciaram atrasos na prestação de contas.
O Presidente da República destacou hoje o “acréscimo de exigências” para o Tribunal de Contas suscitado pelo PRR e pelo Portugal 2030 e frisou que, da “ampliação das suas competências”, decorre a “necessidade sempre de mais recursos e disponibilidades”.
O Presidente da República pediu hoje ao novo procurador-Geral da República, Amadeu Guerra, que “lidere o que deva ser liderado, pacifique o deva ser pacificado”, faça pedagogia e mostre “abertura aos reptos das mudanças indispensáveis”.
Perante as mais recentes declarações do Presidente do CHEGA, André Ventura, que afirmou ter-se reunido várias vezes com Luís Montenegro e alegando ainda que o primeiro-ministro teria feito uma proposta ao CHEGA, Montenegro não conseguiu desmentir.
A neuropediatra responsável pelo tratamento das gémeas luso-brasileiras afirmou hoje que lhe foi transmitido que houve um pedido para marcação de consulta com uma origem “superior à secretaria de Estado” da Saúde, embora não saiba de quem.
O CHEGA acusou hoje os governos do PS e do PSD de falharem na prevenção dos incêndios, considerando que “não aprenderam nada” com o que aconteceu em 2017, e defendeu um agravamento de penas para incendiários.
Na conferência “O Futuro dos Media”, Luís Montenegro, anunciou um corte de publicidade na RTP e não se conteve ao chamar “inimigas da democracia” às redes sociais.
O fenómeno das ‘portas giratórias’ entre o Estado e as grandes empresas em Portugal tem vindo a ganhar destaque e a suscitar inúmeras controvérsias.
O presidente do CHEGA, André Ventura, afirmou hoje que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, lhe propôs em privado um acordo com vista à aprovação do Orçamento do Estado para o próximo ano, que admitia que pudesse integrar o Governo.