Coreia do Norte volta a lançar vários mísseis de cruzeiro

A Coreia do Norte voltou a lançar hoje vários mísseis de cruzeiro em direção ao mar do Japão, a sexta vez que Pyongyang testa armamento desde janeiro, disseram os militares do Sul.

© D.R.

Num comunicado, o Estado-Maior Conjunto (JCS, na sigla em inglês) da Coreia do Sul disse que o exército “detetou vários mísseis de cruzeiro desconhecidos nas águas a nordeste de Wonsan”, uma cidade costeira norte-coreana, por volta das 09:00 (meia-noite em Lisboa).

O JCS não mencionou, no entanto, mais informações sobre o número exato de mísseis disparados ou a trajetória de voo, sublinhando que “os serviços de inteligência sul-coreanos e dos EUA estão a realizar análises detalhadas”.

“O nosso exército está a cooperar estreitamente com os EUA, ao mesmo tempo que fortalece a vigilância e procura sinais de atividades adicionais da Coreia do Norte”, acrescentou o JCS.

Este foi o sexto lançamento de mísseis da Coreia do Norte este ano, incluindo um teste a 14 de janeiro do primeiro míssil de combustível sólido de alcance intermédio norte-coreano.

O líder do regime de Pyongyang, Kim Jong-un, tem intensificado os testes de mísseis de cruzeiro. De acordo com observadores, o Norte poderá fornecer este tipo de armas à Rússia para serem usadas na guerra na Ucrânia.

Dotada de armas nucleares, a Coreia do Norte declarou, este ano, a Coreia do Sul “inimigo principal”, fechou as agências dedicadas à reunificação e ameaçou entrar em guerra perante qualquer violação territorial.

Na sexta-feira, Kim Jong-un reiterou que não hesitará “em destruir” o vizinho a sul em caso de ataque, qualificando Seul de “principal nação hostil e inimigo imutável”.

No mês passado, a Coreia do Norte efetuou disparos de artilharia com fogo real perto de duas ilhas fronteiriças com a Coreia do Sul, que deu ordem de retirada dos habitantes e respondeu com exercícios de artilharia.

O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, prometeu uma resposta firme em caso de ataque de Pyongyang, pedindo às Forças Armadas sul-coreanas para, em caso de provocação, “atuarem primeiro e apresentar relatórios depois”.

Desde que chegou ao poder em 2022, o dirigente sul-coreano reforçou a cooperação na defesa com os Estados Unidos e o Japão, sobretudo através de manobras conjuntas alargadas, para contrariar as ameaças crescentes de Pyongyang.

Os dois países terminaram a Guerra da Coreia (1950-53) com a assinatura um armistício, mas não um tratado de paz.

Últimas do Mundo

Cada vez mais portugueses procuram a Arábia Saudita, onde a comunidade ainda é pequena, mas que está a crescer cerca de 25% todos os anos, disse à Lusa o embaixador português em Riade.
O Papa rezou hoje no local onde ocorreu a explosão no porto de Beirute em 2020, que se tornou um símbolo da disfunção e da impunidade no Líbano, no último dia da sua primeira viagem ao estrangeiro.
Pelo menos 30 pessoas foram sequestradas em três ataques por homens armados durante o fim de semana no norte da Nigéria, aumentando para mais de 400 os nigerianos sequestrados em quinze dias, foi hoje anunciado.
Pelo menos quatro pessoas morreram baleadas em Stockton, no estado da Califórnia, no oeste dos Estados Unidos, anunciou a polícia, que deu conta ainda de dez feridos.
O estudante que lançou uma petição a exigir responsabilização política, após o incêndio que matou 128 pessoas em Hong Kong, foi detido por suspeita de "incitação à sedição", noticiou hoje a imprensa local.
O alto comissário das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Volker Türk, denunciou hoje que “pelo menos 18 pessoas” foram detidas no golpe de Estado de quarta-feira na Guiné-Bissau e pediu que se respeitem os direitos humanos.
O Tribunal Penal Internacional (TPI), confirmou, na sexta-feira, que continua a investigar crimes contra a humanidade na Venezuela, depois de em setembro o procurador-chefe Karim Khan se ter afastado por alegado conflito de interesses.
Um "ataque terrorista" russo com drones na capital da Ucrânia causou hoje pelo menos um morto e sete feridos, além de danos materiais significativos, anunciaram as autoridades de Kiev.
O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) denunciou hoje que um grupo de homens armados e encapuçados invadiu a sua sede, em Bissau, agredindo dirigentes e colaboradores presentes no local.
A agência de combate à corrupção de Hong Kong divulgou hoje a detenção de oito pessoas ligadas às obras de renovação do complexo residencial que ficou destruído esta semana por um incêndio que provocou pelo menos 128 mortos.