Hospital Nasser já não funciona e há 200 doentes no interior

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou hoje que o Hospital Nasser, o principal do sul de Gaza, já não está operacional embora ainda tenha 200 doentes no interior.

©Facebook Israel Reports

 

“O Hospital Nasser em Gaza já não está a funcionar, após um cerco de uma semana, seguido do ataque em curso”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus numa mensagem colocada na rede social X (antigo Twitter).

O dirigente da OMS alerta no entanto que ainda há 200 pacientes no hospital, 20 dos quais precisam de transferência urgente para outras unidades de saúde.

Tedros Adhanom Ghebreyesus diz que uma equipa da OMS não foi autorizada a entrar no hospital no sábado para aferir as condições dos doentes e das necessidades médicas, apesar de ter estado no recinto da unidade de saúde, juntamente com outras entidades parceiras, para entregar combustível.

O diretor-geral da OMS lembra que o encaminhamento médico é um direito de todos os doentes.

“O custo dos atrasos será pago com as vidas dos pacientes. O acesso aos doentes e ao hospital deve ser facilitado”, escreveu.

O Hospital Nasser foi o mais recente de uma série de hospitais que as forças israelitas sitiaram e invadiram durante a guerra, alegando que o Hamas os estava a usar para fins militares. Os ataques destruíram o setor da saúde de Gaza, que luta para tratar um fluxo constante de pessoas feridas em bombardeamentos diários.

O direito internacional proíbe atacar instalações médicas, embora estas possam perder essas proteções se forem utilizadas para fins militares. Mesmo assim, Israel deve tomar precauções e seguir princípios de proporcionalidade, afirmou o Gabinete de Direitos Humanos da ONU, acrescentando que “como potência ocupante” Israel tem o dever de manter instalações médicas.

Israel está realizar uma massiva incursão militar na Faixa de Gaza desde 07 de outubro, após o movimento islamita Hamas ter atacado o território israelita e provocado 1.200 mortos e 240 reféns.

Últimas do Mundo

O secretário-geral da NATO propôs hoje, oficialmente, que os líderes da organização concordem, na cimeira deste mês, em Haia, aumentar os gastos com defesa para 5% do PIB, para cobrir os custos das capacidades militares da organização.
O Dia Mundial do Ambiente centra-se hoje na luta contra a poluição de plásticos, um produto que já contaminou água, alimentos e ar e que cuja produção continua a aumentar, este ano 516 milhões de toneladas.
O presumível autor do atentado contra uma manifestação a favor da libertação dos reféns israelitas em Gaza, que deixou uma dezena de feridos no domingo no Colorado, Estados Unidos, foi acusado na segunda-feira de "crime de ódio".
Um narcossubmarino foi intercetado no Brasil, numa operação conjunta da Polícia Federal brasileira, Polícia Judiciária portuguesa, Polícia Nacional espanhola e a Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA).
A Rússia disse hoje que abateu 162 ‘drones’ ucranianos, a maioria dos quais nas regiões de Kursk e Belgorod, na fronteira com a Ucrânia, na altura em que devem ter início em Istambul novas conversações diretas entre russos e ucranianos.
O secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, confirmou hoje à Lusa a notícia da morte, em combate, na Ucrânia, do cidadão português Jerónimo Guerreiro, e que a família pediu apoio consular para a trasladação do corpo para Portugal.
A Ucrânia vai enviar uma delegação a Istambul para uma nova ronda de negociações de paz diretas com a Rússia na segunda-feira, anunciou hoje o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O gabinete político do Hamas reiterou hoje que as emendas do grupo à proposta dos EUA para um cessar-fogo em Gaza não procuram “condições políticas, mas um mínimo de dignidade humana”, após 19 meses de bombardeios israelitas.
Duas pessoas morreram na sequência de um tiroteio, no sábado à noite, no passeio marítimo da cidade de Fuengirola, na província de Málaga, sul de Espanha.
O Papa Leão XIV recebeu hoje milhares de famílias na Praça de São Pedro, defendeu o matrimónio como a união entre homem e mulher, “não como um ideal”, e criticou os que invocam a “liberdade de tirar a vida”.