PM israelita revela plano para o pós-guerra em Gaza

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, revelou pela primeira vez o seu plano para o pós-guerra na Faixa de Gaza, que, pretende, seja uma área desmilitarizada, noticiou hoje a imprensa internacional.

© Facebook de Benjamin Netanyahu

 

De acordo com a agência de notícias EFE, este plano foi apresentado na noite de quinta-feira ao gabinete de guerra para aprovação e publicado hoje pelo Gabinete do primeiro-ministro.

No documento, Netanyahu recordou os objetivos a curto prazo de Israel na Faixa de Gaza: destruir as capacidades militares e a infraestrutura governamental tanto do Hamas como da Jihad Islâmica, libertar os reféns e impedir que Gaza volte a ser uma ameaça.

A médio prazo, o primeiro-ministro israelita anunciou que Israel manterá a liberdade de operações militares “sem limite de tempo” na Faixa de Gaza, com um perímetro de segurança na divisa e controlo israelita da fronteira entre Gaza e Egito para evitar o reaparecimento de “elementos terroristas” no enclave.

“A ‘Cerca Sul’ funcionará – em cooperação, dentro do possível, com o Egito e com a assistência dos Estados Unidos – baseando-se em medidas para prevenir o contrabando do Egito, tanto subterrâneo como aéreo, incluindo na passagem de Rafah”, segundo o plano.

Israel afirma também que manterá o controlo da segurança sobre a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, sendo que no enclave palestiniano “haverá uma desmilitarização completa” para manter a ordem pública.

Quanto à administração civil e à ordem pública, seriam reguladas por funcionários locais com experiência administrativa distantes de “países ou entidades que apoiam o terrorismo e sem receberem pagamento destes”, indica o documento, que anuncia um “programa abrangente de desradicalização” de instituições religiosas e educacionais no enclave, com a ajuda de outros países árabes.

A longo prazo, Netanyahu insiste na rejeição de um Estado palestiniano ou de “ditames internacionais de um acordo permanente” e prevê o fim da Agência das Nações Unidas de Assistência para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), “cujos agentes estiveram envolvidos no massacre de 07 de outubro”, afirmou o documento, apesar da falta de provas conclusivas sobre o envolvimento de funcionários deste organismo da ONU no ataque a Israel.

“Israel trabalhará para impedir as atividades da UNRWA na Faixa de Gaza e irá substituí-las por agências de ajuda internacional responsáveis”, consta o plano.

Últimas do Mundo

O Papa Leão XIV pediu hoje aos jovens para não desperdiçarem as suas vidas, ao discursar na canonização de Pier Giorgio Frassati e Carlo Acutis, este o primeiro santo 'millenial', já considerado padroeiro da Internet.
O estilista Giorgio Armani morreu aos 91 anos, anunciou hoje o Grupo Armani, em comunicado.
A defesa de Jair Bolsonaro afirmou hoje que não há "uma única prova" que ligue o ex-Presidente brasileiro a qualquer tentativa de golpe de Estado e afirmou que o arguido delator "mentiu".
O GPS do avião utilizado pela presidente da Comissão Europeia numa visita à Bulgária foi alvo de interferência e as autoridades búlgaras suspeitam que foi uma ação deliberada da Rússia.
Mais de 800 pessoas morreram e cerca de 2.700 ficaram feridas na sequência de um sismo de magnitude 6 e várias réplicas no leste do Afeganistão na noite de domingo, anunciou hoje o Governo.
Pelo menos três civis morreram e seis ficaram feridos em ataques russos na região ucraniana de Donetsk nas últimas 24 horas, declarou hoje o chefe da administração militar regional, Vadim Filashkin, na rede social Telegram.
Um navio de guerra norte-americano entrou no canal do Panamá em direção às Caraíbas, testemunhou a agência France-Presse, numa altura em que os planos de destacamento militar de Washington naquela região está a provocar a reação venezuelana.
O número de fogos preocupantes em Espanha desceu de 12 para nove nas últimas 24 horas, mas "o final" da onda de incêndios deste verão no país "está já muito próximo", disse hoje a Proteção Civil.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, denunciou que mísseis russos atingiram hoje a delegação da União Europeia (UE) em Kyiv, na Ucrânia.
O Governo de Espanha declarou hoje zonas de catástrofe as áreas afetadas por 113 grandes incêndios no país nos últimos dois meses, 15 dos quais continuam ativos, disse o ministro da Administração Interna, Fernando Grande-Marlaska.