Conselho da UE adota lei para pagamentos instantâneos em euros

O Conselho da União Europeia (UE) adotou hoje um regulamento para possibilitar pagamentos instantâneos na zona euro, permitindo transferências imediatas na moeda única em 10 segundos, para reduzir a “dependência excessiva de instituições” financeiras de países terceiros.

© D.R.

 

Em comunicado, a instituição que junta os Estados-membros informa que “adotou hoje um regulamento que tornará os pagamentos imediatos totalmente disponíveis em euros para os consumidores e as empresas da UE e dos países do Espaço Económico Europeu”.

“As novas regras melhorarão a autonomia estratégica do setor económico e financeiro europeu, uma vez que ajudarão a reduzir qualquer dependência excessiva de instituições e infraestruturas financeiras de países terceiros. A melhoria das possibilidades de mobilização de fluxos de tesouraria trará benefícios para os cidadãos e as empresas e permitirá a criação de serviços inovadores de valor acrescentado”, acrescenta.

A ideia é que, com este novo regulamento, seja possível que “as pessoas transfiram dinheiro em 10 segundos, a qualquer hora do dia, incluindo fora do horário comercial, não só dentro do mesmo país mas também para outro Estado-membro da UE”, segundo a instituição.

Previsto está que os prestadores de serviços de pagamento, como os bancos, que efetuem transferências bancárias normais em euros, sejam obrigados a oferecer o serviço de envio e receção de pagamentos imediatos em euros.

Caberá a estas entidades verificar se o IBAN e o nome do beneficiário coincidem, a fim de alertar o ordenante para eventuais erros ou fraudes antes de efetuar uma transação, sendo que este requisito se aplicará também às transferências regulares.

Caso existam encargos, não devem ser superiores aos aplicáveis às transferências bancárias normais, de acordo com as novas regras.

Este regulamento entrará oficialmente em vigor no espaço comunitário após um período de transição que será mais rápido na zona euro e mais longo fora da moeda única, que necessita de mais tempo para se adaptar.

Últimas de Economia

O número de trabalhadores em ‘lay-off’ aumentou 19,2% em novembro, em termos homólogos, e aumentou 37,3% face a outubro, para 7.510, atingindo o número mais elevado desde janeiro, segundo dados da Segurança Social.
A Autoridade da Concorrência (AdC) vai intensificar em 2026 o combate a cartéis, com especial enfoque na contratação pública, segundo as prioridades de política de concorrência hoje divulgadas.
O valor médio da construção por metro quadrado que é tido em conta no cálculo do IMI vai subir 38 euros em 2026, passando dos actuais 532 euros para 570, segundo uma portaria hoje publicada em Diário da República.
O Presidente da República prometeu hoje o fim da taxa sobre empresas produtoras de energia elétrica e disse que espera que “garanta mesmo tratamento mais favorável para os contribuintes”.
O índice de preços da habitação aumentou 17,7% no terceiro trimestre, acelerando 0,5 pontos percentuais face aos três meses anteriores, tendo sido transacionados 10,5 mil milhões de euros, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O valor mediano de avaliação bancária na habitação foi de 2.060 euros por metro quadrado em novembro, um novo máximo histórico e mais 18,4% do que período homólogo 2024, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística.
Arrendamentos não declarados, dados incompletos e cruzamentos que falham. A Autoridade Tributária detetou milhares de casos com indícios de rendimentos imobiliários omitidos, num universo onde o arrendamento não declarado continua a escapar ao controlo do Estado.
O Banco Central Europeu (BCE) vai reduzir o prazo da aprovação das recompras de ações dos bancos a partir de janeiro para duas semanas em vez dos atuais três meses, foi hoje anunciado.
A produtividade e o salário médio dos trabalhadores de filiais de empresas estrangeiras em Portugal foram 69,6% e 44,2% superiores às dos que laboravam em empresas nacionais em 2024, segundo dados divulgados hoje pelo INE.
O subsídio de apoio ao cuidador informal deixa de ser considerado rendimento, anunciou hoje o Governo, uma situação que fazia com que alguns cuidadores sofressem cortes noutras prestações sociais, como o abono de família.