“Ao PS não pode suceder o PSD, para mudar tem que ser o CHEGA”

O presidente do CHEGA, André Ventura, encerrou hoje a campanha eleitoral com um derradeiro apelo ao voto no seu partido, defendendo que "ao PS não pode suceder o PSD".

© Folha Nacional

Discursando em Lisboa na última iniciativa de campanha para as eleições legislativas de domingo, o líder do CHEGA afirmou que “os outros dois candidatos a primeiro-ministro”, os líderes de PS e PSD, “passaram esta campanha a debater entre si qual deles foi pior político do que o outro”.

“Esses dois, que agora dizem que são alternativa um ao outro, não são mais do que a mesma moeda que nós temos que combater. Ao PS não pode suceder o PSD, para mudar tem que ser o CHEGA”, defendeu.

O CHEGA encerrou hoje a campanha em Lisboa, com uma arruada na zona do Chiado, que terminou na Praça do Município, com um concerto de Quim Barreiros. O artista cantou duas músicas para aquecer o público que assistia, mesmo com mau tempo. Quando o tempo piorou, muitos chegaram a desmobilizar, mas voltaram para ouvir o discurso do líder do CHEGA.

Perante o vento e a chuva forte, que molhou o palco e batia no líder do CHEGA enquanto discursava, André Ventura agradeceu “a resistência” dos presentes e assinalou que nem o mau tempo os demoveu de estar ali.

“Se este tempo não nos demoveu, no próximo domingo os eleitores do CHEGA não vão ficar em casa” e não vão “ceder ao voto útil”, atirou, voltando a traçar como objetivo ganhar as eleições.

O líder do CHEGA aproveitou que partilhava o palco com Quim Barreiros, para dar o mote e dizer que os seus dirigentes serão “os mestres da culinária da política portuguesa” e defendeu que só o partido que lidera pode “para mudar” o país.

Ventura insistiu que PS e PSD pertencem ao passado e “há anos atrofiam Portugal”, contrapondo que o CHEGA é “um partido do futuro”, e apelou diretamente ao voto dos jovens: “Jovens de Portugal, no domingo saiam de casa e voltem para que o futuro seja definido por vocês e não por mais ninguém”.

“É tempo de definirem o vosso próprio destino e só fazem em Portugal com uma arma, a arma do voto. É com essa que calaremos o país inteiro no próximo domingo”, salientou.

O líder do CHEGA considerou igualmente que “há um perigo grande sobre a democracia portuguesa”, de que PS e PSD “queiram condicionar e calar” a justiça.

O presidente do CHEGA salientou a importância de os portugueses votarem nestas eleições legislativas e indicou que o seu partido será “um muro do betão que não os deixará passar para a indecência e para o controlo da justiça”.

“Nós seremos o muro de betão da democracia, nós seremos o muro de betão da liberdade e nós seremos o muro de betão contra a corrupção”, salientou.

Na última arruada, a comitiva do CHEGA desceu o Chiado com gritos de “Ventura, Ventura”; “Ventura vai em frente, tens aqui a tua gente”; “CHEGA, CHEGA”; “vitória, vitória” e “o povo não se esquece, a culpa é do PS”, com as já habituais bandeiras e cachecóis do partido e as bandeiras de Portugal, além dos guarda-chuvas.

Em declarações aos jornalistas, Quim Barreiros indicou que cantou no comício do CHEG “porque lhe pagaram para estar” ali e lembrou que “desde o 25 de Abril” que participa em campanhas de vários partidos.

“Porque é que há de ser diferente [por ser o CHEGA]?”, questionou, garantindo: “Aceitei este [concerto] como aceitava outro do PCP ou do BE, um qualquer, o que é preciso é que me paguem”.

Quim Barreiros disse não se importar com críticas sobre a associação ao partido e André Ventura e indicou que cobrou ao CHEGA o “precinho normal”.

Últimas de Política Nacional

O líder do CHEGA, André Ventura, marcou presença esta quarta-feira numa manifestação organizada pela Associação Solidariedade Imigrante, junto ao Parlamento, noticia a RTP.
O ex-presidente da Câmara de Pombal Diogo Mateus, do PSD, foi hoje condenado, em Leiria, a pena suspensa por crimes de peculato e falsificação de documentos, enquanto o seu antigo chefe de gabinete, João Pimpão, foi absolvido.
Os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças aprovaram hoje as audições de Autoridade da Concorrência, Banco de Portugal e Associação Portuguesa de Bancos sobre a prescrição de coimas aos bancos no processo designado como “cartel da banca".
O líder do CHEGA, André Ventura, apresentou-se hoje como o candidato a Presidente da República antissistema, e defendeu que a sua participação nas eleições presidenciais do próximo ano é uma forma de liderar a oposição.
O líder do CHEGA, André Ventura, vai candidatar-se a Presidente da República nas eleições presidenciais do início do próximo ano, confirmou hoje à agência Lusa fonte oficial do partido.
O CHEGA propôs a audição com urgência do secretário de Estado da Agricultura na Assembleia da República para prestar esclarecimentos sobre a investigação por alegadas suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais.
O presidente do CHEGA mostrou-se hoje disponível para voltar a candidatar-se a Presidente da República, apesar de não considerar a solução ideal, e indicou que o objetivo é apoiar um candidato que dispute a segunda volta.
O líder do CHEGA, André Ventura, anunciou hoje que voltará a ser candidato à presidência do partido no próximo congresso, que ainda não está marcado.
Liderados pela deputada e coordenadora nacional da Juventude do partido, Rita Matias, os jovens defenderam o legado de Kirk como símbolo da luta pela pátria, família e liberdade.
O CHEGA surge pela primeira vez na liderança das intenções de voto em Portugal, de acordo com o mais recente Barómetro DN/Aximage, publicado pelo Diário de Notícias.