“Benjamin Netanyahu falou com o diretor da Mossad [serviços de informações externas israelitas] e com o diretor do Shin Bet [serviços de informações internas] e aprovou uma nova ronda de negociações nos próximos dias, em Doha [Qatar] e no Cairo [Egito]”, declarou o seu gabinete em comunicado.
Desde a adoção pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, na segunda-feira, de uma resolução a apelar a um “cessar-fogo imediato”, Israel e o Hamas acusam-se mutuamente da incapacidade de chegar a um acordo sobre uma trégua, após quase seis meses de guerra entre o exército israelita e o movimento islamita palestiniano na Faixa de Gaza.
O Qatar, país mediador, indicou na terça-feira que as negociações entre o Hamas e Israel sobre uma trégua em Gaza e a libertação dos reféns continuavam, mas poucas informações foram comunicadas desde então pelas várias partes.
O gabinete de Netanyahu acrescentou que o primeiro-ministro tinha falado com o chefe da Mossad, David Barnea, sobre as negociações, mas não disse se Barnea se deslocaria a Doha ou ao Cairo para as conversações.
A guerra foi desencadeada por um ataque do Hamas contra Israel a partir da Faixa de Gaza, em 07 de outubro de 2023, que causou a morte de pelo menos 1.160 pessoas, na sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelitas.
Israel indica que cerca de 250 pessoas foram também raptadas, 34 das quais morreram e 130 delas continuam reféns em Gaza.
Em represália, Israel prometeu aniquilar o Hamas, que considera uma organização terrorista juntamente com os Estados Unidos e a União Europeia, e lançou uma ofensiva que já fez 32.623 mortos, na sua maioria mulheres e crianças, segundo os últimos números divulgados na sexta-feira pelo Ministério da Saúde do Hamas.