Washington insiste com Netanyahu para permitir rápida entrega de ajuda em Gaza

Os Estados Unidos instaram hoje Israel a implementar “rapidamente e completamente” a entrega de ajuda humanitária a Gaza, prometida pelo primeiro-ministro israelita, poucas horas depois de Joe Biden ter colocado em causa o apoio ao aliado.

© Facebook Israel Reports

“Estas medidas, que incluem o compromisso de abrir o porto de Ashdod, a abertura do ponto de passagem de Erez e o aumento significativo nas entregas de ajuda da Jordânia diretamente para Gaza devem agora ser implementadas rapidamente e completamente”, frisou a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, em comunicado.

O gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tinha divulgado antes que Israel vai permitir temporariamente a entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, assolada pela fome, através do porto de Ashdod e do ponto de passagem de Erez.

O gabinete de guerra autorizou o Governo a “tomar medidas imediatas para aumentar a ajuda humanitária” com a finalidade de “evitar uma crise humanitária” e “assegurar a continuação dos combates”, referiu o gabinete de Netanyahu, em comunicado.

Esta informação por Telavive tinha sido avançada poucas horas após um aviso do Presidente dos EUA Joe Biden, que disse na quinta-feira ao primeiro-ministro israelita que o futuro do apoio norte-americano à guerra de Israel em Gaza dependia da adoção de novas medidas para proteger civis e trabalhadores humanitários.

A guerra na faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em território israelita, em 07 de outubro, que resultou na morte de 1.170 pessoas no lado de Israel, a maioria das quais civis mortos no mesmo dia, de acordo com uma contagem da France-Presse, com base em dados oficiais israelitas.

Israel lançou uma operação militar de retaliação em Gaza que já provocou mais de 33 mil mortos, a maioria dos quais civis, segundo o ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo movimento islamita Hamas.

Últimas de Política Internacional

O Parlamento Europeu (PE) adotou hoje legislação que facilita a retirada do direito de viajar sem visto para a União Europeia (UE) a partir de países que apresentem riscos de segurança ou violem os direitos humanos.
A Comissão Europeia disse hoje apoiar o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para acabar com o conflito em Gaza, quando se assinalam dois anos da guerra e negociações indiretas estão previstas no Egito entre Israel e o Hamas.
O primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, apresentou hoje a sua demissão ao Presidente, Emmanuel Macron, que a aceitou, anunciou o Palácio do Eliseu num comunicado, mergulhando a França num novo impasse político.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai encontrar-se com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ao início da tarde, em Copenhaga, na Dinamarca, para uma reunião bilateral.
A presidente da Comissão Europeia saudou hoje o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para terminar com a guerra em Gaza e que já tem aval israelita, indicando que a União Europeia (UE) “está pronta para contribuir”.
O partido pró-europeu PAS, da Presidente Maia Sandu, venceu as eleições legislativas na Moldova com mais de 50% dos votos, e deverá manter a maioria absoluta no Parlamento, segundo resultados oficiais após a contagem de 99,52% dos votos.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, questionou hoje a utilidade das Nações Unidas, acusando a organização de não o ter ajudado nos esforços para resolver os conflitos no mundo, e criticou o reconhecimento da Palestina.
Os Estados Unidos impuseram hoje a Lei Magnitsky à mulher do juiz brasileiro Alexandre de Moraes e ainda à empresa da qual Viviane Barci e os filhos são sócios.
A NATO vai reforçar a vigilância e segurança no flanco leste da Aliança Atlântica, depois do incidente em que drones russos entraram no espaço aéreo da Polónia, anunciou hoje a organização.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, homenageou hoje, numa cerimónia solene no Pentágono, as vítimas dos atentados de 11 de Setembro de 2001 em Nova Iorque e Washington, que causaram cerca de 3.000 mortos.