O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, classificou hoje o ataque lançado por Teerão contra Israel na noite de sábado e madrugada de hoje como uma “medida defensiva” e de “legítima defesa”, numa resposta “às ações agressivas do regime sionista [Israel] contra os objetivos e interesses do Irão”, nomeadamente o bombardeamento recente ao consulado de Irão em Damasco, na Síria.
Num comunicado publicado na sua página de internet, Ebrahim Raisi, realçou que o ataque foi “uma ação militar decisiva”, apesar de o Exército israelita ter afirmado que a grande maioria dos ‘drones’, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos lançados por Teerão foram intercetados.
O presidente do Irão deixou ainda um recado a Israel, alertando que, caso Telavive ou os que apoiam aquele país “mostrem um comportamento imprudente, receberão uma resposta muito mais decisiva e violenta”.
“Durante os últimos seis meses, e especialmente durante os últimos dez dias, o Irão usou todas as ferramentas regionais e internacionais para chamar a atenção da comunidade internacional sobre os perigos mortais face à inação do Conselho de Segurança das Nações Unidas [ONU], diante das contínuas violações do regime sionista”, referiu.
Considerando que falta capacidade ao Conselho de Segurança da ONU para cumprir “as suas obrigações”, o presidente iraniano argumentou que o Irão atuou “em defesa da sua integridade, soberania e interesses nacionais”.
Dessa forma, Raisi considerou que o ataque de sábado foi uma forma de “castigar o agressor [Israel] e gerar estabilidade na região”.
O Irão “considera a paz e a estabilidade na região como algo necessário para a sua segurança nacional” e, nesse sentido, “não poupa esforços para restaurá-la”, referiu.
“Está totalmente claro para qualquer observador justo que as ações do regime sionista são de uma entidade ocupante, terrorista e racista, que considera que não está vinculada a deveres ou normas legais ou morais”, criticou.
Para o presidente do Irão, Israel, com a sua ofensiva na Faixa de Gaza, levou a cabo “uma campanha genocida” contra os palestinianos, com “o apoio cúmplice” dos Estados Unidos.
No seu comunicado, Raisi aconselhou ainda aqueles que ajudam Israel a deixar de apoiar “cegamente” Telavive, considerando ser essa uma “das principais causas” para que aquele país intensifique “violações das leis internacionais”.