Presidente do Irão promete medidas “mais duras” caso Israel responda ao ataque

O presidente do Irão afirmou hoje que o ataque lançado no sábado contra Israel foi “uma lição contra o inimigo sionista”, avisando Telavive que qualquer “nova aventura” irá contar com uma resposta “ainda mais dura” de Teerão.

© Facebook de Ebrahim Raisi

O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, classificou hoje o ataque lançado por Teerão contra Israel na noite de sábado e madrugada de hoje como uma “medida defensiva” e de “legítima defesa”, numa resposta “às ações agressivas do regime sionista [Israel] contra os objetivos e interesses do Irão”, nomeadamente o bombardeamento recente ao consulado de Irão em Damasco, na Síria.

Num comunicado publicado na sua página de internet, Ebrahim Raisi, realçou que o ataque foi “uma ação militar decisiva”, apesar de o Exército israelita ter afirmado que a grande maioria dos ‘drones’, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos lançados por Teerão foram intercetados.

O presidente do Irão deixou ainda um recado a Israel, alertando que, caso Telavive ou os que apoiam aquele país “mostrem um comportamento imprudente, receberão uma resposta muito mais decisiva e violenta”.

“Durante os últimos seis meses, e especialmente durante os últimos dez dias, o Irão usou todas as ferramentas regionais e internacionais para chamar a atenção da comunidade internacional sobre os perigos mortais face à inação do Conselho de Segurança das Nações Unidas [ONU], diante das contínuas violações do regime sionista”, referiu.

Considerando que falta capacidade ao Conselho de Segurança da ONU para cumprir “as suas obrigações”, o presidente iraniano argumentou que o Irão atuou “em defesa da sua integridade, soberania e interesses nacionais”.

Dessa forma, Raisi considerou que o ataque de sábado foi uma forma de “castigar o agressor [Israel] e gerar estabilidade na região”.

O Irão “considera a paz e a estabilidade na região como algo necessário para a sua segurança nacional” e, nesse sentido, “não poupa esforços para restaurá-la”, referiu.

“Está totalmente claro para qualquer observador justo que as ações do regime sionista são de uma entidade ocupante, terrorista e racista, que considera que não está vinculada a deveres ou normas legais ou morais”, criticou.

Para o presidente do Irão, Israel, com a sua ofensiva na Faixa de Gaza, levou a cabo “uma campanha genocida” contra os palestinianos, com “o apoio cúmplice” dos Estados Unidos.

No seu comunicado, Raisi aconselhou ainda aqueles que ajudam Israel a deixar de apoiar “cegamente” Telavive, considerando ser essa uma “das principais causas” para que aquele país intensifique “violações das leis internacionais”.

Últimas do Mundo

O antigo primeiro-ministro malaio Najib Razak foi hoje condenado a 15 anos de prisão por corrupção no fundo de investimento estatal 1Malaysia Development Berhad (1MDB).
A Comissão Europeia aprovou o pedido do Governo português para reprogramar os fundos europeus do PT2030, bem como dos programas operacionais regionais do atual quadro comunitário de apoio.
A autoridade da concorrência italiana aplicou esta terça-feira uma multa de 255,8 milhões de euros à companhia aérea de baixo custo irlandesa Ryanair por abuso de posição dominante, considerando que impediu a compra de voos pelas agências de viagens.
A Amazon anunciou ter bloqueado mais de 1.800 candidaturas suspeitas de estarem ligadas à Coreia do Norte, quando crescem acusações de que Pyongyang utiliza profissionais de informática para contornar sanções e financiar o programa de armamento.
Os presumíveis autores do ataque terrorista de 14 de dezembro em Sydney lançaram explosivos que não chegaram a detonar durante o ataque na praia de Bondi, onde morreram 16 pessoas, incluindo um dos agressores, segundo documentos revelados hoje.
Milhares de pessoas traficadas para centros de burlas no Sudeste Asiático sofrem tortura e são forçados a enganar outras em todo o mundo, numa indústria multimilionária de escravidão moderna. À Lusa, sobreviventes e associações testemunharam a violência.
O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) alertou para o aumento das infeções sexualmente transmissíveis entre jovens, particularmente a gonorreia, e defendeu que a educação sobre esta matéria em contexto escolar é crucial.
A Polícia Judiciária (PJ) está a colaborar com a investigação norte-americana ao homicídio do físico português Nuno Loureiro, estando em contacto com as autoridades e “a prestar todo o suporte necessário às investigações em curso”.
Uma celebração judaica transformou-se num cenário de terror na praia de Bondi, em Sydney. Pai e filho abriram fogo sobre centenas de pessoas, provocando pelo menos 15 mortos e mais de 40 feridos.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou hoje que uma em cada dez crianças no mundo vai precisar de ajuda no próximo ano, com o Sudão e Gaza a registarem as piores emergências infantis.