“As ações do Irão ameaçam toda a região e o mundo, tal como as da Rússia ameaçam um conflito mais vasto. A colaboração óbvia entre os dois regimes para espalhar o terror deve ser enfrentada com uma resposta firme e unida do mundo”, escreveu, apelando a que tudo seja feito para evitar uma escalada no Médio Oriente.
Segundo escreveu Zelensky na rede social X (antigo Twitter), a Ucrânia condena o ataque do Irão a Israel utilizando ‘drones’ [aeronaves não tripuladas] e mísseis ‘Shahed’.
“Na Ucrânia, conhecemos bem o horror de ataques semelhantes da Rússia, que utiliza os mesmos drones ‘Shahed’ e mísseis russos, as mesmas táticas de ataques aéreos maciços”, acrescentou, referindo-se aos mísseis de fabrico iraniano.
Zelensky salientou ser “essencial” que o Congresso dos Estados Unidos tome as decisões necessárias “para reforçar os aliados da América neste momento crítico”.
A Ucrânia está a pedir aos seus aliados mais ajuda militar para enfrentar a invasão russa, que começou há mais de dois anos, a 24 de fevereiro de 2022.
Mas as divisões políticas em Washington, que têm como pano de fundo as eleições presidenciais de novembro próximo, têm bloqueado o processo.
O Congresso norte-americano tem bloqueado um pacote de ajuda à Ucrânia no valor de 60.000 milhões de dólares (cerca de 56.300 milhões de euros), para grande descontentamento de Kiev.
O ataque, reivindicado pela Guarda Revolucionária Iraniana, foi realizado com cerca de 300 drones e mísseis, a grande maioria dos quais foi intercetada fora do espaço aéreo israelita, e surgiu como resposta ao bombardeamento do consulado iraniano na Síria, atribuído a Israel, que destruiu o edifício e provocou 13 mortos, incluindo dois generais do grupo paramilitar iraniano.
Este ataque sem precedentes, que provocou ferimentos graves numa pessoa e ligeiros noutras oito, suscitou fortes condenações em todo o mundo e apelos à contenção.