Fesap espera reuniões com Governo até final do mês para clarificar prioridades

A Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) anunciou hoje que pediu reuniões com o Governo, que espera que aconteçam até ao final do mês, para clarificar as prioridades do executivo, considerando "muito difícil dar tudo a todos".

© Facebook da FESAP

“Tivemos sempre bem presente que é muito difícil dar tudo a todos, é a experiência que nos demonstra, o Governo é que tem de definir as prioridades”, afirmou o secretário-geral da Fesap, José Abraão, em conferência de imprensa na sede da federação, em Lisboa, para apresentar o documento de trabalho daquele conjunto de sindicatos que representam os funcionários públicos para a nova legislatura.

O sindicalista adiantou que já foram pedidas reuniões a mais de metade dos ministérios que compõem o Governo, com especial enfoque no das Finanças, do qual a Fesap fica agora dependente, e que o Ministério da Saúde respondeu dizendo que a federação será convocada ainda esta semana.

José Abraão defendeu que há condições para melhorar o acordo plurianual assinado em outubro de 2022 entre o Governo e sindicatos da função pública e garantiu que da parte da Fesap não serão apresentadas “propostas irrealistas”.

O dirigente sindical considerou que, com base no Programa do Governo, “fica, nesta fase, a ideia de algum desconhecimento da máquina do Estado”, daí a necessidade de se reunirem rapidamente, “para que o Governo tenha bem noção dos problemas dos trabalhadores da Administração Pública”, em matérias como salários, revisão das carreiras, falta de atratividade, ou o sistema de avaliação (SIADAP).

A Fesap pretende do Governo “compromisso” e o “reforço da negociação coletiva”, para que os problemas dos trabalhadores da função pública possam ser resolvidos ao longo desta legislatura, com prioridade para os salários.

“Esta política de baixos salários tem que, claramente, ser abandonada”, vincou José Abraão.

Considerando que o Programa do Governo contém “um conjunto de anúncios e intenções sem concretizar objetivamente medidas”, o secretário-geral da Fesap considerou também importante clarificar o que quer dizer o executivo com “alinhamento” dos setores público e privado.

“Ficamos contentes quando percebemos que os salários médios cresceram no setor privado de forma importante, mas cresceram acima dos salários médios do conjunto dos trabalhadores da Administração Pública. Se isto quer dizer o tal nivelar, […] contem com a Fesap”, apontou.

Sem querer falar já em “frustração de expectativas”, José Abraão realçou que caso não sejam atendidas as suas reivindicações, a Fesap terá de “equacionar” a disponibilidade para a negociação e “dar voz ao descontentamento dos trabalhadores”.

A federação de sindicatos alertou ainda para que “não se entre num campeonato de excedentes, a ver quem tem melhor” e defendeu que, mesmo mantendo as contas certas, há margem para ir além do que está no Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).

José Abraão adiantou ainda que a Fesap vai procurar reunir-se com todas as forças com representação parlamentar, mas deixou um apelo: “não se sirvam da Administração Pública, dos seus trabalhadores, como instrumento de combate político, porque não servimos para isso”.

Últimas do País

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia anunciou hoje uma concentração junto à residência do primeiro-ministro no dia da greve geral e plenários nos aeroportos a 18 de dezembro, admitindo mais protestos em janeiro caso o Governo "nada altere".
A PSP de Alverca, no concelho de Vila Franca de Xira, deteve um jovem de 16 anos que se encontrava na posse de droga e de um sabre.
Mais de duas dezenas de cidadãos estrangeiros estavam a viver num imóvel sobrelotado no coração da cidade de Beja, revelou esta terça-feira a PSP.
O processo relativo à morte do estudante Manuel de Oliveira Gonçalves, conhecido por “Manu”, será apreciado em tribunal a partir de 26 de janeiro, no Tribunal Judicial de Braga. Estão já agendadas sessões adicionais para 4 e 18 de fevereiro e 4 de março.
Cerca de 70 mil dos 414 mil utentes da Unidade Local de Saúde (ULS) da Região de Leiria não têm médico de família atribuído e a "situação mais expressiva acontece nos concelhos de Leiria e Ourém", revelou esta entidade.
A Polícia Judiciária (PJ), através da diretoria do Norte, deteve oito indivíduos no âmbito da operação denominada Puro Verde, por suspeitas de práticas de corrupção relacionadas com a produção de vinho verde.
Todos os acessos ao maciço central da Serra da Estrela, que tinham sido fechados pelas 17h00 de terça-feira devido à queda de neve, já estão desimpedidos, disse a Proteção Civil.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, agradeceu hoje ao Hospital de São João, no Porto, onde foi operado a uma hérnia, o tratamento recebido, e enalteceu o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Uma mulher de 20 anos foi detida por suspeita de abuso sexual de crianças e pornografia de menores, sendo a vítima um menor de 13 anos que conheceu nas redes sociais, informou hoje a Polícia Judiciária (PJ).
Mais de uma em cada quatro turmas com alunos com necessidades educativas está sobrelotada, o que representa um aumento das escolas em incumprimento da legislação face ao ano passado, revela um inquérito da Fenprof.