“Pela primeira vez, unidades de mísseis antiaéreos da Força Aérea e em cooperação com a inteligência de defesa da Ucrânia destruíram um bombardeiro estratégico de longo alcance Tu-22M3, que transportava 22 mísseis de cruzeiro X”, revelou o comandante da Força Aérea na plataforma de mensagens Telegram.
Moscovo assumiu entretanto a queda de um bombardeiro Tu-22M3 das Forças Aeroespaciais Russas na região de Stavropol (sul), quando regressava à sua base após completar uma missão de combate, mas disse que os dados preliminares apontavam para um defeito técnico.
Segundo um comunicado do Ministério da Defesa da Rússia citado pela agência oficial TASS, “os pilotos catapultaram-se”.
“Três membros da tripulação foram resgatados pelas equipas de socorro. Está em curso a busca por um dos pilotos”, afirma o comunicado militar.
A defesa indicou que o avião não transportava mísseis e caiu numa área despovoada, sem causar qualquer destruição.
“Segundo dados preliminares, a causa da avaria foi um defeito técnico”, acrescenta o comunicado.
O Tu-22M3 (Backfire, segundo classificação da NATO) é um bombardeiro supersónico com asas de geometria variável e capaz de transportar armas nucleares.
Esta classe de bombardeiros tem sido usada pela Rússia para atacar a Ucrânia com mísseis a partir do seu próprio espaço aéreo, longe do alcance das defesas aéreas ucranianas.
A Ucrânia revelou que pelo menos oito pessoas, incluindo duas crianças, morreram ao início do dia na região de Dnipropetrovsk, no centro do país, num ataque russo com diversos mísseis.
A Força Aérea ucraniana anunciou, entretanto, que o ataque russo na noite de quinta-feira para hoje envolveu 22 mísseis e 14 ‘drones’ explosivos, alegando ter abatido 29 dispositivos.
Segundo escreveu no Telegram o comandante da Força Aérea ucraniana, Petro Oleshchuk, dos 10 mísseis de cruzeiro e 12 mísseis guiados, 15 foram abatidos, assim como todos os ‘drones’ explosivos “Shahed”.