Procura de gás na UE cai 7,4% em 2023 e atinge valor mais baixo desde 2008

A procura de gás na União Europeia (UE) caiu 7,4% em 2023 atingindo o valor mais baixo registado desde 2008, anunciou hoje o gabinete estatístico comunitário, o Eurostat, falando numa redução que dura há dois anos consecutivos.

© D.R.

“A procura de gás natural na UE tem vindo a diminuir há dois anos consecutivos. Após uma diminuição anual de 13,3% em 2022, a procura diminuiu mais 7,4% em 2023, totalizando 12,72 milhões de terajoules em 2023”, indica o Eurostat numa informação hoje publicada.

De acordo com o gabinete estatístico da UE, “este valor representa também a procura mais baixa registada desde o início da recolha de dados mensais acumulados em 2008”.

A redução deveu-se à entrada em vigor do regulamento europeu relativo a medidas coordenadas de redução da procura de gás, como parte do plano energético REPowerEU para acabar com a dependência da UE dos combustíveis fósseis russos, bem como à crise energética e ao aumento dos preços da energia.

Dados divulgados na semana passada pela Comissão Europeia revelaram que Portugal foi, em dois anos de plano energético RepowerEU, o nono país da UE a reduzir mais o consumo de gás, num total de 23%, acima do requisito de 15% ao nível comunitário.

Os dados constaram de um relatório por país divulgado pela Comissão Europeia a propósito dos dois anos do REPowerEU, criado para a UE reduzir a dependência dos combustíveis fósseis da Rússia, no qual Bruxelas indica que, entre agosto de 2022 e janeiro de 2024, Portugal registou um decréscimo de 23% no consumo de gás.

Portugal foi o nono dos 27 Estados-membros da UE com maior decréscimo, atrás de países como Dinamarca (-40%), Finlândia (-39%), Letónia (-30%), Suécia (-29%), Lituânia (-29%), Estónia (-28%), Holanda (-27%) e Luxemburgo (-26%), percentagens acima da meta de redução voluntária do consumo de gás natural ao nível europeu em torno de 15%.

“Portugal reforçou a segurança do seu aprovisionamento de gás, enquanto o aumento das energias renováveis no cabaz energético limitou a sua dependência das importações de energia”, assinalou o executivo comunitário.

Face às dificuldades e às perturbações do mercado mundial da energia suscitadas pela invasão russa da Ucrânia, a Comissão Europeia lançou em maio de 2022 o plano energético REPowerEU, visando poupar energia, produzir energia limpa e diversificar o aprovisionamento energético.

A UE tem vindo a reduzir as importações de gás russo (que chega por gasoduto), passando de uma dependência de 40% em 2021 para 8% em 2023.

Face a este plano, os 27 Estados-membros também já economizaram 20% do seu consumo de energia, introduziram um limite máximo ao preço do gás e ao preço do petróleo a nível mundial e duplicaram a implantação adicional de energias renováveis.

Últimas de Economia

Menos de um quinto das contas de 2024 das entidades que integram os subsetores da Administração Central e da Segurança Social foram instruídas com a respetiva certificação legal, inviabilizando uma leitura consolidada e fiável, segundo um relatório do TdC.
Os preços de ouro e prata, metais preciosos considerados investimento seguro em tempos incertos, bateram, esta segunda-feira, valores recorde, respetivamente com 4.080 dólares (3.512 euros) e 51 dólares (44 euros) a onça de cada um, segundo a Bloomberg.
A agência de notação financeira Fitch Ratings manteve o 'rating' da Região Autónoma dos Açores em "BBB", com perspetiva de longo prazo estável, foi hoje divulgado.
O IEFP estima abranger 8.000 beneficiários com o novo incentivo de regresso ao trabalho, que permite que os desempregados até aos 30 anos possam acumular até 35% do subsídio desemprego com novo salário, adiantou o MTSSS à Lusa.
O número de voos comerciais na União Europeia aumentou 2,6% em setembro face ao mesmo mês de 2024, mas manteve-se 1,8% aquém do registado em 2019, antes da pandemia da covid-19, divulga hoje o Eurostat.
A prata ultrapassou hoje os 50 dólares por onça pela primeira vez desde 1993 impulsionada pela procura de investimentos refúgio num contexto de incertezas económicas e políticas.
A Comissão Europeia deu hoje dois meses a Portugal para transpor corretamente as regras comunitárias sobre reduções de preços nos serviços, que visam salvaguardar a proteção dos consumidores, considerando que o país não respeita normas sobre práticas comerciais.
Os custos de construção de habitação nova aumentaram 3,8% em agosto, em termos homólogos, 0,9 pontos percentuais abaixo de julho, tendo o preço dos materiais subido 0,9% e o da mão-de-obra 7,3%, divulgou hoje o INE.
Alterações fiscais e incentivos ao abate são algumas das principais medidas que várias associações do setor automóvel gostariam de ver incluídas no Orçamento do Estado para o próximo ano (OE2026).
Portugal registou o maior aumento dos preços das casas entre os países da União Europeia (UE) no segundo trimestre, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat.