Rússia intensifica o recrutamento de mercenários no Ruanda, Burundi, Congo e Uganda

A Rússia intensificou o recrutamento de mercenários no Ruanda, Burundi, República do Congo e Uganda, oferecendo aos interessados a cidadania russa, um valor para assinar o contrato e um salário mensal, segundo o serviço de informação militar ucraniano (GUR).

© D.R.

“O Estado agressor, a Rússia, intensificou significativamente a sua campanha de recrutamento de mercenários estrangeiros para a guerra contra a Ucrânia. Está a recrutar na África Central, em particular no Ruanda, Burundi, República do Congo e Uganda”, afirmou o GUR num comunicado.

De acordo com os serviços secretos militares de Kiev, além dos cerca de 1.800 euros pela assinatura do contrato e de mais 2.200 euros mensais, é oferecido aos recrutas um seguro médico e um passaporte russo para eles e as suas famílias.

“Uma unidade especial do Ministério da Defesa russo está envolvida no recrutamento de africanos para participarem em ataques com carne para canhão em solo ucraniano”, refere-se no comunicado.

O GUR também se refere a alegadas “deserções em massa” de mercenários nepaleses do exército russo devido a baixas em massa nas suas unidades e a maus tratos por parte dos seus superiores russos.

O comunicado é acompanhado de uma fotografia de uma brochura com a qual a Rússia está alegadamente a tentar atrair homens dos quatro países africanos.

Além dos benefícios, a brochura promete aos interessados que receberão “formação avançada” e “as melhores armas e equipamento”, informando da existência no exército russo de “uma unidade especial para estrangeiros”.

“Pode juntar-se ao exército russo e tornar-se membro de um dos melhores exércitos do mundo”, diz-se no folheto, em que pode ler-se a mensagem: “Nós somos a liberdade, nós somos a justiça, nós somos o exército russo”.

Nos últimos meses, as autoridades ucranianas têm alertado para o elevado número de mercenários de África, Ásia e América Latina recrutados pela Rússia para combater na Ucrânia.

Kiev capturou mercenários de algumas dessas regiões e mostrou-se disposta a negociar com os respetivos governos o seu repatriamento para os países de origem.

Últimas do Mundo

Várias pessoas morreram hoje no centro da capital sueca, Estocolmo, atropeladas por um autocarro num incidente que provocou também vários feridos, afirmou a polícia sueca em comunicado.
A liberdade na Internet em Angola e no Brasil continuou sob pressão devido a restrições legais, à repressão à liberdade de expressão e a campanhas para manipular narrativas políticas, segundo um estudo publicado hoje.
Os Estados Unidos adiaram hoje, pela segunda vez, o lançamento de dois satélites que vão estudar a interação entre o vento solar e o campo magnético de Marte, proporcionando informação crucial para futuras viagens tripuladas ao planeta.
Após os ataques em Magdeburgo e Berlim, os icónicos mercados de Natal alemães estão sob alerta máximo. O governo impôs medidas antiterrorismo rigorosas e custos milionários, deixando cidades e organizadores em colapso financeiro.
Um relatório do Ministério do Interior alemão revela que suspeitos sírios estão associados a mais de 135 mil crimes em menos de uma década. A AfD aponta o dedo ao governo de Olaf Scholz e exige deportações imediatas.
O aumento da temperatura global vai ultrapassar o objetivo de 1,5 graus centígrados no máximo numa década em todos os cenários contemplados pela Agência Internacional de Energia (AIE), relatório anual de perspetivas energéticas globais, hoje publicado.
A Ryanair deve abster-se de impedir o embarque de passageiros, com reserva confirmada, que não sejam portadores do cartão digital, bem como de impor taxas pela utilização do cartão físico, determinou a ANAC - Autoridade Nacional de Aviação Civil.
O Governo ucraniano afastou hoje o ministro da Justiça, depois de este ter sido implicado num alegado esquema de cobrança de comissões na empresa nacional de energia atómica, revelado na segunda-feira pela agência anticorrupção do país.
Pelo menos 27 pessoas morreram e 3,6 milhões foram afetadas pela passagem do supertufão Fung-wong nas Filipinas no domingo, informaram hoje as autoridades locais.
As autoridades espanholas intercetaram 18 migrantes em Pilar de la Mola, que tinham alcançado Formentera, ilhas Baleares, na terça-feira à noite a bordo de uma embarcação precária.