Taxa de juro implícita da dívida deverá continuar a aumentar nos próximos anos

A taxa de juro implícita da dívida deverá continuar a aumentar nos próximos anos, atingindo em 2026 o valor mais alto desde 2018, adicionando pressão aos desafios orçamentais, concluiu o Banco de Portugal (BdP), num estudo hoje divulgado.

© D.R.

“Nos próximos anos, espera-se que a taxa de juro implícita continue a aumentar, adicionando pressão aos desafios orçamentais de Portugal”, apontou o BdP, no estudo sobre juros e gestão da dívida pública em Portugal.De acordo com o banco central, depois do aumento verificado em 2023, a taxa de juro implícita deverá continuar a aumentar nos próximos anos, ainda que a um ritmo menos pronunciado, alcançando em 2026 os 2,6%, o nível mais elevado desde 2018.

“Considerando a trajetória descendente da dívida pública em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) subjacente às projeções do Boletim, que é baseada na hipótese de políticas invariantes, as despesas com juros apresentam um aumento cumulativo de 800 milhões de euros entre 2023 e 2026”, apontou o BdP.

O banco central realçou que, no atual contexto de taxas de juro elevadas, “é crucial manter uma política orçamental prudente e preservar a credibilidade nos mercados”.

Assim, vincou, “para atenuar o impacto nas despesas com juros, será fundamental manter uma política orçamental prudente, visando minimizar os montantes a refinanciar e o risco inerente através do reforço da credibilidade junto dos mercados”.

Últimas de Economia

O Tribunal de Contas aprova no próximo dia 27 o parecer à Conta Geral do Estado (CGE) de 2023 e vai enviá-lo ao parlamento no dia 02 de outubro, foi hoje anunciado.
O número de passageiros nos aeroportos nacionais aumentou 2,6% em julho, em termos homólogos, para 7,2 milhões, e acumula uma subida de 4,7% desde janeiro, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A entrada em vigor, no final do ano, da chamada lei antidesflorestação pode causar a escassez de produtos como cacau e madeira ou aumentar os preços na UE, disseram hoje especialistas à Lusa em Macau.
Os senhorios podem aumentar o valor das rendas até 2,16% em 2025, segundo os números da inflação de agosto hoje confirmados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
As rendas das casas por metro quadrado aumentaram 7,2% em agosto face ao mesmo mês de 2023, mais 0,1 pontos percentuais do que em julho, tendo todas as regiões apresentado crescimentos homólogos, divulgou hoje o INE.
O município de Lisboa tem pelo menos 476 taxas e preços, que permitem, anualmente, uma coleta global de cerca de 50 milhões de euros, ou seja, menos de 5% do orçamento municipal, segundo o relatório sobre fiscalidade hoje apresentado.
Portugal foi, em 2023, o Estado-membro da União Europeia (UE) com a percentagem mais elevada de pobreza energética, de 20,8% e ao mesmo nível de Espanha, anunciou hoje a Comissão Europeia, pedindo mais proteção para os consumidores vulneráveis.
O Tribunal de Contas disse hoje no parlamento que o relatório da auditoria à Efacec, que deverá incluir os custos para o Estado, será divulgado nas próximas semanas.
Os juros da dívida portuguesa estavam hoje a subir a dois, a cinco e a 10 anos, abaixo de 3% em todos os prazos e alinhados com os de Espanha, Grécia, Irlanda e Itália.
As exportações e as importações de bens aumentaram 23,5% e 15,5% em julho face ao mesmo mês de 2023, sobretudo impulsionadas por transações associadas a trabalho por encomenda, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).