Trump diz que “o ego” de Biden o vai manter agarrado à candidatura democrata

O ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou que "o ego" do Presidente Joe Biden o vai manter agarrado à indicação democrata, apesar das pressões para abandonar a corrida presidencial.

©Facebook.com/DonaldTrump

“Parece-me que ele vai ficar (…) tem o seu ego e não se quer demitir”, disse, na segunda-feira, Trump em declarações telefónicas à cadeia de televisão norte-americana Fox News.

O único candidato do Partido Republicano às presidenciais norte-americanas opinou que se os críticos de Biden conseguirem “forçar a saída” será a vice-Presidente norte-americana, Kamala Harris, a assumir a candidatura: “Acho que eles estão muito preocupados com os votos e, se não for ela, não acho que queiram outra opção”.

Esta foi a primeira vez que Trump falou publicamente depois do debate presidencial, onde o fraco desempenho de Biden desencadeou uma crise política no Partido Democrata.

Até agora, nove membros do Congresso dos EUA pediram a Biden para desistir da corrida. Quatro democratas fizeram-no em privado, no domingo, num telefonema com o líder da minoria da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso), Hakeem Jeffries, noticiaram meios de comunicação locais como a CNN e a CBS.

Ao mesmo tempo, dezenas de comentadores, colunistas e o conselho editorial do The New York Times apelaram publicamente ao Presidente norte-americano para terminar a campanha e abrir caminho a outro candidato para enfrentar Trump em novembro.

Biden rejeitou categoricamente a ideia e pediu aos democratas, na segunda-feira, para acabarem com “o drama” interno e concentrarem-se em derrotar Trump.

Numa carta de duas páginas dirigida aos membros do partido no Congresso, o Presidente, de 81 anos, argumentou que “a questão de como seguir em frente foi levantada publicamente há mais de uma semana”, tendo chegado a altura de “isto acabar”.

Biden sublinhou ainda que o partido tem “apenas uma tarefa”: derrotar Trump nas urnas.

Atualmente, de acordo com uma sondagem do The New York Times e do Siena College, os democratas estão divididos sobre se Biden deve continuar a ser o candidato do partido à presidência, com 48% a favor e 47% a favor de outro candidato, depois do debate frente a Trump.

Trump tem dois comícios de campanha previstos esta semana, um na terça-feira em Doral, na Flórida, e outro no sábado em Butler, na Pensilvânia.

Últimas de Política Internacional

O Tribunal Constitucional indicou esta terça-feira que não admitiu as candidaturas às eleições presidenciais de Joana Amaral Dias, Ricardo Sousa e José Cardoso.
A Comissão Europeia anunciou hoje uma investigação formal para avaliar se a nova política da `gigante` tecnológica Meta, de acesso restrito de fornecedores de inteligência artificial à plataforma de conversação WhatsApp, viola regras de concorrência da União Europeia.
O Sindicato de Trabalhadores da Imprensa na Venezuela (SNTP) e o Colégio de Jornalistas (CNP), entidade responsável pela atribuição da carteira profissional, denunciaram hoje a detenção de um jornalista que noticiou a existência de um buraco numa avenida.
O Tribunal Constitucional da Polónia ordenou hoje a proibição imediata do Partido Comunista da Polónia (KPP), alegando que os objetivos e atividades do partido, refundado em 2002, violam a Constituição.
A Administração Trump suspendeu todos os pedidos de imigração provenientes de 19 países considerados de alto risco, dias após um tiroteio em Washington que envolveu um cidadão afegão, anunciou o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos.
Federica Mogherini, reitora do Colégio da Europa e ex-chefe da diplomacia da União Europeia (UE), foi indiciada pelos crimes de corrupção, fraude, conflito de interesse e violação de segredo profissional, revelou a Procuradoria Europeia.
O Presidente ucraniano apelou hoje para o fim da guerra, em vez de apenas uma cessação temporária das hostilidades, no dia de conversações em Moscovo entre a Rússia e os Estados Unidos sobre a Ucrânia.
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, considerou hoje que a situação na Catalunha só se normalizará totalmente se o líder separatista Carles Puigdemont for amnistiado e regressar à região, tendo reconhecido "a gravidade da crise política" que enfrenta.
A Comissão Europeia confirmou hoje que foram realizadas buscas nas instalações do Serviço de Ação Externa da União Europeia (UE), em Bruxelas, mas rejeitou confirmar se os três detidos são funcionários do executivo comunitário.
A ex-vice-presidente da Comissão Europeia e atual reitora da Universidade da Europa Federica Mogherini foi detida hoje na sequência de buscas feitas pela Procuradoria Europeia por suspeita de fraude, disse à Lusa fonte ligada ao processo.