“Estou profundamente preocupado com o risco crescente de um conflito mais vasto no Médio Oriente e exorto todas as partes, bem como os Estados com influência, a agirem urgentemente para desanuviar a situação”, afirmou Volker Turk, em comunicado.
O responsável das Nações Unidas defendeu que tudo deve ser feito para que a situação não “se deteriore ainda mais e caia num abismo com consequências ainda mais terríveis para os civis”.
“Os direitos humanos – e, em primeiro lugar, a proteção dos civis – devem ser a prioridade absoluta. Nos últimos 10 meses, os civis – principalmente mulheres e crianças – já viveram dores e sofrimentos insuportáveis devido às bombas e às armas de fogo”, sublinhou Turk.
O Irão, o grupo islamita Hamas e o Hezbollah libanês responsabilizaram Israel pela morte quarta-feira do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão. Os israelitas não comentaram esta morte, mas tinham prometido aniquilar o Hamas depois do ataque de 07 de outubro pelos islamitas, que resultou em mais de 1.200 morto e 250 reféns.
O ataque desencadeou o atual conflito na Faixa de Gaza, que já causou em mais de 39.600 mortos, segundo um balanço divulgado hoje.
Desde outubro que o Hezbollah, os rebeldes Huthis do Iémen e grupos armados iraquianos abriram novas frentes contra Israel.
Um dia antes da morte de Haniyeh, os israelitas reivindicaram o ataque que matou o líder militar do Hezbollah, Fuad Chockr, perto de Beirute.