Novas empresas caem 3% e insolvências disparam 16% até julho

O número de insolvências em Portugal registou um aumento homólogo de 16% até julho deste ano, para 2.410, enquanto as empresas constituídas diminuíram 3% para 30.884, segundo dados da Iberinform divulgados esta terça-feira.

© D.R.

Em julho, o número total de insolvências ascendeu a 309, valor que traduz um aumento superior a 26% em relação ao mês homólogo do ano passado, refere a Iberinform em comunicado, salientando que foram criadas 3.260 empresas, menos 21% em termos homólogos.

A análise permitiu concluir que em julho se registou um aumento de 53% nas declarações de insolvência requeridas por terceiros, enquanto os pedidos de insolvência apresentados pelas próprias empresas subiu 71%.

Já os encerramentos com plano de insolvência também aumentaram 50% e as declarações de insolvência (encerramento de processos) atingiram as 1.303, menos 84 que em igual mês do ano anterior.

Os distritos que consistentemente têm um maior número de insolvências são Lisboa e o Porto.

O distrito de Lisboa surge também com o maior número de empresas constituídas, com um total de 9.695 novas empresas criadas até julho, menos 10% face a idêntico período do ano anterior, seguindo-se o distrito do Porto com 5.244 empresas (-2,5%).

Os restantes distritos em que o número de empresas criadas mais caiu foram Portalegre (-12%), Beja (-11%), Vila Real (-8%), Santarém (-6%), Coimbra (-5,5%) e Setúbal (-5%).

Últimas de Economia

O Governo reduziu o desconto em vigor no Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), aplicável à gasolina sem chumbo e ao gasóleo rodoviário, anulando parte da descida do preço dos combustíveis prevista para a próxima semana.
Os pagamentos em atraso das entidades públicas situaram-se em 870,5 milhões de euros até outubro, com um aumento de 145,4 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior, segundo a síntese de execução orçamental.
O alojamento turístico teve proveitos de 691,2 milhões de euros em outubro, uma subida homóloga de 7,3%, com as dormidas de não residentes de novo a subir após dois meses em queda, avançou hoje o INE.
A taxa de inflação homóloga abrandou para 2,2% em novembro, 0,1 pontos percentuais abaixo da variação de outubro, segundo a estimativa provisória divulgada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O ‘stock’ de empréstimos para habitação acelerou em outubro pelo 22.º mês consecutivo, com um aumento homólogo de 9,4% para 109.100 milhões de euros, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
A proposta de lei de Orçamento do Estado para 2026 foi hoje aprovada em votação final global com votos a favor dos dois partidos que apoiam o Governo, PSD e CDS-PP, e com a abstenção do PS. Os restantes partidos (CHEGA, IL, Livre, PCP, BE, PAN e JPP) votaram contra.
O corte das pensões por via do fator de sustentabilidade, aplicado a algumas reformas antecipadas, deverá ser de 17,63% em 2026, aumentando face aos 16,9% deste ano, segundo cálculos da Lusa com base em dados do INE.
O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em novembro, após dois meses de subidas, enquanto o indicador de clima económico aumentou, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os gastos do Estado com pensões atingem atualmente 13% do PIB em Portugal, a par de países como a Áustria (14,8%), França (13,8%) e Finlândia (13,7%), indica um relatório da OCDE hoje divulgado.
Os prejuízos das empresas não financeiras do setor empresarial do Estado agravaram-se em 546 milhões de euros em 2024, atingindo 1.312 milhões de euros, com a maioria a apresentar resultados negativos, segundo um relatório do Conselho das Finanças Públicas (CFP).