Numa breve mensagem publicada no sábado na rede social X (antigo Twitter), o ministro confirmou o bloqueio da plataforma, detido pela tecnológica norte-americana Meta, que até ao momento não reagiu à decisão.
Horas antes, Uraloglu tinha anunciado o restabelecimento, a partir das 21:30 (19:30 em Lisboa), do acesso ao Instagram, que esteve bloqueado durante nove dias para dezenas de milhões de assinantes na Turquia.
A decisão foi tomada “na sequência das nossas negociações com os responsáveis do Instagram, (…) depois de eles se terem comprometido a responder aos nossos pedidos”, explicou o ministro.
A plataforma estava bloqueada desde a manhã de 02 de agosto por razões pouco claras, incluindo “infrações relacionadas com os conteúdos” disponíveis no Instagram e acusações de censura de vozes pró-Palestina.
“Estamos perante um fascismo digital que não consegue sequer tolerar fotografias de mártires palestinianos e que os censura imediatamente”, disse o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acrescentando que as empresas de redes sociais “tornaram-se militantes” e são incapazes de “tolerar uma frase simples que critica Israel.”
“Desde o início, quisemos que as plataformas de redes sociais respeitassem as leis da República”, insistiu Uraloglu.
A decisão de bloquear o Instagram foi questionada pelo Tribunal Constitucional turco, que concluiu que a agência reguladora da Internet do país, a Autoridade para as Comunicações e Tecnologias de Informação, tinha excedido parcialmente os seus poderes.
Na Turquia, há mais de 50 milhões de pessoas no Instagram (de uma população de 85 milhões), muitas das quais fazem negócios no valor de 57 milhões de dólares (52,2 milhões de euros) por dia, segundo o vice-presidente da Associação de Operadores de Comércio Eletrónico, Emre Ekmekçi.
O acesso ao popular jogo em linha Roblox, do qual a Turquia é um dos utilizadores mais fervorosos, também permanece bloqueado.