Número de pessoas sem-abrigo aumentou 23% em 2023

O número de pessoas em situação de sem-abrigo aumentou para 13.128, um crescimento de 23%, em 2023, anunciou hoje a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Ramalho.

© Folha Nacional

A ministra está a ser ouvida no parlamento, numa audição conjunta das comissões de Trabalho, Segurança Social e Inclusão e de Orçamento, Finanças e Administração Pública, onde, na sua intervenção inicial, salientou que o ministério que tutela representa a maior despesa do programa do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

Maria do Rosário Ramalho apontou que se trata de um orçamento desenhado para “inverter a trajetória do país nos últimos anos”, nomeadamente no que diz respeito à taxa de risco de pobreza.

Sobre essa questão em concreto, e referindo-se ao que foi feito pelo atual Governo nos últimos seis meses, a ministra revelou que foi feito um levantamento nacional das pessoas em situação de sem-abrigo.

Segundo Maria do Rosário Ramalho, em 2023 foram contabilizadas 13.128 pessoas a viver em situação de sem-abrigo, o que representa um aumento de quase 23% face a 2022, quando foram registadas 10.700 pessoas nesta condição.

Sobre as medidas para a área social, a ministra destacou o que tem vindo a ser feito para as pessoas mais idosas e pessoas em situação de vulnerabilidade social, destacando a atualização das pensões mais baixas, que representa um “esforço orçamental que ronda os 500 milhões de euros”.

A ministra apontou que foi atualizado o valor do Complemento Solidário para Idosos (CSI) e anunciou que o Governo pretende aumentar o valor desta prestação social em 30 euros em 2025, lembrando também que os beneficiários do CSI passaram a ter acesso a medicamentos comparticipados.

Por outro lado, anunciou que é intenção do Governo rever o regime jurídico do CSI e as estratégias nacionais para o envelhecimento e para as pessoas sem-abrigo, estando também previsto a criação de uma estratégia única para a infância e a revisão do regime jurídico sobre as pessoas com deficiência.

Disse ainda que vão ser revistos os protocolos de cooperação com o setor social.

Últimas de Economia

O prazo para a entrega das manifestações de interesse pela privatização da TAP termina hoje, seguindo-se agora a análise das candidaturas pela Parpública e a preparação para as propostas não vinculativas.
Os pagamentos aos beneficiários do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ultrapassaram a barreira dos 10.000 milhões de euros na última semana, com as empresas a manterem-se na liderança, segundo o último relatório de monitorização.
O endividamento do setor não financeiro, que reúne administrações públicas, empresas e particulares, aumentou 9.400 milhões de euros em setembro face a agosto, para 866.400 milhões de euros, anunciou hoje o Banco de Portugal (BdP).
O International Airlines Group (IAG) entregou à Parpública uma declaração de interesse no processo de privatização da TAP, anunciou hoje o grupo dono da British Airways e da Iberia, um dia antes do final do prazo definido.
O montante investido em certificados de aforro voltou a aumentar em outubro, em termos homólogos, para 39.387 milhões de euros, um crescimento de 15,4% em termos homólogos, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).
A intensidade energética da economia situou-se em 3,7 MJ/euro em 2023, traduzindo uma redução de 6,4% face a 2022, o resultado mais baixo da série disponível, anunciou hoje o Instituto Nacional e Estatística (INE).
O escândalo da privatização da TAP volta a rebentar: o Ministério Público constituiu quatro arguidos por suspeitas de que a companhia aérea foi comprada… com o próprio dinheiro da TAP. A operação 'Voo TP789' desencadeou 25 buscas explosivas e está a abalar o setor da aviação nacional.
A taxa de inflação homóloga fixou-se, em outubro, nos 2,1% na zona euro, confirmou hoje o Eurostat, indicando que na União Europeia (UE) foi de 2,5%, com Portugal a apresentar a sexta menor (2,0%).
A Polícia Judiciária realizou hoje várias buscas no âmbito da privatização da TAP em 2015.
O Conselho Económico e Social (CES) considera "insuficiente o grau de clareza" das transferências internas da Segurança Social e recomenda que a Conta Geral do Estado (CGE) "passe a incluir dados detalhados" sobre a Caixa Geral de Aposentações (CGA).