CHEGA acusa Governo de trair a Direita portuguesa

O presidente do CHEGA acusou hoje o atual Governo de ser "tão ladrão" quanto o anterior e voltou a considerar que o Orçamento do Estado para 2025 é uma "traição à direita" e o início de um bloco central.

© Folha Nacional

Numa intervenção no encerramento do debate na generalidade do Orçamento do Estado para o próximo ano (OE2025), no parlamento, André Ventura afirmou que o Governo “deu com uma mão e tirou com a outra”, com “mais impostos sobre o consumo”, entre os quais nos combustíveis.

“É um Governo que ao fim do dia é tão, tão, tão ladrão como era o ladrão anterior que tirava de um lado para dar ao outro”, acusou, motivando protestos no hemiciclo.

O presidente da Assembleia da República interveio para pedir contenção aos deputados e que se “abstenham de vocabulário inapropriado e gestos inapropriados”, até por estarem escolas a assistir à sessão plenária, e voltou a repetir o aviso no final da declaração de André Ventura.

Na intervenção, o líder do CHEGA considerou que o OE2025 constitui “uma traição à direita” porque “traiu os polícias e as forças de segurança quando mais precisavam, porque traiu os jovens quando mais precisávamos deles, porque traiu os agricultores e pescadores, conseguindo o feito inédito de reduzir o orçamento da agricultura depois de oito anos de ataque pelo PS”.

Para o deputado, o executivo “continua a distribuir subsídios por tudo e todos”, mas esquece “os que saem de casa para trabalhar”, e defendeu que “é preciso um Estado que pela primeira vez tenha a coragem de dizer que é importante beneficiar os que trabalham”.

André Ventura defendeu que, com a viabilização do OE2025 através da abstenção do PS, inicia-se uma “fase histórica” que “não era esperada nas eleições de 10 de março”.

“Dentro de alguns minutos nascerá um novo bloco central entre PS e PSD”, afirmou, considerando que eram “os aliados mais improváveis e insuspeitos há uns meses, mas mais prováveis há 50 anos”.

Ventura afirmou que o CHEGA “será oposição” e a “única alternativa” a este “bloco central”.

O presidente do CHEGA defendeu que este orçamento deveria ser “o da rutura com oitos anos de socialistas que afundaram o país” e recusou em especialidade apoiar propostas que aumentem o preço dos combustíveis.

Na sua intervenção, o presidente do CHEGA pediu também uma reforma na Justiça. Dando como exemplo o caso de um homem que baleou um jovem que, alegadamente, participou numa tentativa de assalto à sua ourivesaria, criticou que o octogenário tenha sido detido e defendeu que é preciso “mais homens e mulheres que se defendam de assaltos contra os bandidos”.

Últimas de Política Nacional

O Presidente do CHEGA manifestou-se esta quinta-feira "chocado" com o valor dos dois imóveis adquiridos pelo secretário-geral socialista, que estimou entre 1,3 e 1,4 milhões de euros, e exigiu saber se há fundos públicos na origem das aquisições.
O líder do CHEGA acusou o PCP de ser responsável por milhões de euros em despesa pública, apontando a criação de institutos, fundações, nomeações políticas e cargos autárquicos como principais causas.
O CHEGA lidera as intenções de voto na Área Metropolitana de Lisboa, com 28,8%, enquanto o PS e a AD perdem terreno, de acordo com a última sondagem da Aximage, para o Folha Nacional.
O IRS está a surpreender pela negativa. Muitos portugueses estão a receber menos e alguns até a pagar. André Ventura fala em “fraude” e acusa Montenegro de ter traído a promessa de baixar impostos.
O Ministério Público (MP) abriu uma averiguação preventiva no qual é visado o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, confirmou à Lusa a Procuradoria-Geral da República (PGR).
“Se eu tenho uma má compreensão da Economia, deem-me uma oportunidade, porque o homem que está à minha frente destruiu a Economia”, afirmou André Ventura, que acusou Pedro Nuno Santos de ter sido responsável por “arruinar a TAP, a ferrovia e a CP”, apontando o dedo à gestão feita durante a sua passagem pelo Governo.
O líder parlamentar do CHEGA anunciou esta terça-feira que, na próxima legislatura, o seu partido vai apresentar uma proposta de comissão parlamentar de inquérito sobre os dados do Relatório de Segurança Interna (RASI), considerando que estão errados.
Luís Montenegro ocultou do Tribunal Constitucional (TC) três contas à ordem em 2022 e 2023, contrariando a lei n.º 52/2019.
O partido mantém-se em terceiro lugar, mas volta a subir nas sondagens, ultrapassando pela segunda vez a fasquia dos 20% e ficando agora a apenas oito pontos percentuais do partido mais votado.
Já são conhecidas as listas de candidatos a deputados do partido CHEGA para as próximas legislativas. Entre as alterações anunciadas, destaca-se a escolha de Pedro Frazão para encabeçar a candidatura em Aveiro — círculo onde irão concorrer também os líderes do PSD e do PS. O Presidente do partido, André Ventura, voltará a liderar a candidatura por Lisboa.