“Gestão caótica” das cheias origina manifestação em Valência

Um grupo de manifestantes entrou em confronto com a Polícia Nacional no centro de Valência, no protesto contra a “gestão caótica” das cheias que, na semana passada, causaram mais de 220 mortes naquela cidade espanhola.

© LUSA/MIGUEL ANGEL POLO

No início da manifestação ocorreram incidentes em frente à Câmara Municipal, onde um grupo de jovens atirou lama, o que exigiu a intervenção da tropa de choque.

Posteriormente, no final da manifestação e nas proximidades da Plaza de la Virgen, lama, cadeiras e outros objetos foram novamente atirados contra os agentes policiais, que intervieram novamente.

Os milhares de pessoas que se manifestaram hoje em Valência criticaram ainda o presidente da região de Valência, Carlos Mazón, e o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, por terem subestimado os riscos e coordenado mal os esforços de socorro, após as cheias de 29 de outubro.

Entretanto, a Câmara Municipal divulgou um comunicado onde lamenta o “terrível vandalismo” que o edifício sofreu durante a manifestação.

Segundo o comunicado, “foi anulada uma tentativa de atear fogo à porta principal, que teve de ser apagado com extintores pela polícia que se encontrava no interior do edifício”.

“Além disso, diversas janelas foram partidas e foram pintados vários ‘grafittis’ nas paredes”, acrescentou.

A autarquia frisou na nota que estão atitudes “não se podem tolerar porque nestes momentos há que trabalhar em conjunto para recuperar os locais afetados pelas cheias”.

Pelo menos 223 pessoas morreram nas inundações e há registo de 50 pessoas desaparecidas, segundo os balanços oficiais mais recentes.

O Governo de Espanha declarou na terça-feira “zona de catástrofe” a região de Valência e aprovou um primeiro pacote de 10.600 milhões de euros em ajudas às populações e empresas afetadas pelas inundações.

Espanha iniciou já também os procedimentos para ativar o fundo de solidariedade da União Europeia e pediu a aprovação urgente no Parlamento Europeu de uma alteração aos regulamentos dos fundos de coesão, para os poder reprogramar e destinar à zona afetada pelas inundações, por estar em causa um desastre natural.

Últimas do Mundo

O novo sistema europeu de controlo de fronteiras externas para cidadãos extracomunitários vai entrar em funcionamento a partir de 12 de outubro em Portugal e restantes países do espaço Schengen, anunciaram hoje as autoridades.
Vestígios de ADN recolhidos em dois objetos encontrados perto do local do homicídio do ativista conservador Charlie Kirk correspondem ao do suspeito detido pelas autoridades, anunciou hoje o diretor do FBI, Kash Patel.
O alemão Christian Brückner, principal suspeito no caso do desaparecimento da criança ‘Maddie’ McCann, em 2007 numa estância balnear algarvia, recusou ser ouvido pela Polícia Metropolitana de Londres (‘Met’), informou hoje esta força policial.
Pelo menos 19 mulheres e crianças morreram após um autocarro ter caído a um rio em Zanfara, um estado no noroeste da Nigéria, avançou hoje a agência France-Presse (AFP).
André Ventura pediu a prisão de Pedro Sánchez, elogiou os confrontos em Múrcia e atacou a imigração em massa. Em Madrid, defendeu uma Europa “com menos imigrantes” e criticou ativistas pró-Gaza. Líder do CHEGA diz ter “orgulho tremendo” no que aconteceu em Espanha.
O funeral do ativista conservador norte-americano Charlie Kirk, assassinado na quarta-feira, vai realizar-se a 21 de setembro no estado do Arizona, anunciou hoje a organização Turning Point, da qual era fundador.
Cerca de 110 mil pessoas participaram hoje num protesto pela “liberdade de expressão" em Londres, convocado pelo ativista britânico de direita radical Tommy Robinson, segundo estimativas da polícia londrina.
Pelo menos 21 pessoas ficaram feridas, três em estado grave e duas em estado "potencialmente grave", numa explosão no bar Mis Tesoros, que também afetou o prédio de habitação onde se situa, no bairro madrileno de Puente de Vallecas.
O robô explorador da agência espacial dos Estados Unidos (EUA), NASA, descobriu rochas num canal de rio seco que podem conter potenciais sinais de vida microscópica antiga, informaram os cientistas.
O gigante de 'software' Microsoft escapou a uma multa da Comissão Europeia que suspeitava de abuso de posição dominante no mercado relacionado com a sua aplicação de videoconferência Teams, que separou de outros programas.