Missa volta a ouvir-se em Notre Dame de Paris depois de cinco anos de ‘silêncio’

A missa voltou a ouvir-se hoje na catedral Notre-Dame de Paris quebrando o ‘silêncio’ de mais de cinco anos imposto pelo incêndio que devastou o local em abril de 2019.

© D.R.

A celebração católica contou com a presença do Presidente francês, Emmanuel Macron, e reuniu 150 bispos e sacerdotes das 106 paróquias parisienses.

Durante esta cerimónia, acessível apenas por convite, Dom Ulrich, Arcebispo de Paris, abençoou a água com que aspergiu o local, num sinal de purificação para marcar o uso sagrado, e saudou os fiéis “com intensa emoção” independentemente de estarem presentes ou “frente a um ecrã, talvez até debaixo de chuva”.

“Rezo também pelo nosso país, que examina o seu futuro com preocupação”, acrescentou o religioso, aos convidados que chegaram uma hora antes do início da cerimónia.

No interior da catedral, todos encontraram, colocado nas cadeiras minimalistas, um pequeno livro azul decorado com uma representação da Virgem, que na tradição católica é a mãe de Jesus, e com um resumo da liturgia desta semana inaugural.

A missa iniciou-se com a procissão dos estandartes das 106 paróquias da diocese de Paris, acompanhada pela melodia de coros e do som de um órgão.

Às 18:30 hora local (17:30 de Lisboa) terá lugar a primeira missa aberta ao público em geral, que vai garantir um lugar mediante registo antecipado.

No sábado, nas cerimónias de reabertura estiveram presentes cerca de 40 chefes de Estado e de Governo, membros da realeza europeia e figuras políticas proeminentes.

Com esta reabertura, Macron, que lançou o desafio de uma restauração da catedral, quis criar um “choque de esperança” num país mergulhado numa profunda crise política, desde a aprovação da moção de censura do Governo, na quinta-feira.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o príncipe William do Reino Unido, mas também o empresário norte-americano Elon Musk ou a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, foram alguns dos muitos convidados.

Emmanuel Macron aproveitou a oportunidade para reunir com Zelensky e com Trump, num encontro tripartido que durou cerca de 30 minutos no Palácio do Eliseu.

Últimas do Mundo

Cada vez mais portugueses procuram a Arábia Saudita, onde a comunidade ainda é pequena, mas que está a crescer cerca de 25% todos os anos, disse à Lusa o embaixador português em Riade.
O Papa rezou hoje no local onde ocorreu a explosão no porto de Beirute em 2020, que se tornou um símbolo da disfunção e da impunidade no Líbano, no último dia da sua primeira viagem ao estrangeiro.
Pelo menos 30 pessoas foram sequestradas em três ataques por homens armados durante o fim de semana no norte da Nigéria, aumentando para mais de 400 os nigerianos sequestrados em quinze dias, foi hoje anunciado.
Pelo menos quatro pessoas morreram baleadas em Stockton, no estado da Califórnia, no oeste dos Estados Unidos, anunciou a polícia, que deu conta ainda de dez feridos.
O estudante que lançou uma petição a exigir responsabilização política, após o incêndio que matou 128 pessoas em Hong Kong, foi detido por suspeita de "incitação à sedição", noticiou hoje a imprensa local.
O alto comissário das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Volker Türk, denunciou hoje que “pelo menos 18 pessoas” foram detidas no golpe de Estado de quarta-feira na Guiné-Bissau e pediu que se respeitem os direitos humanos.
O Tribunal Penal Internacional (TPI), confirmou, na sexta-feira, que continua a investigar crimes contra a humanidade na Venezuela, depois de em setembro o procurador-chefe Karim Khan se ter afastado por alegado conflito de interesses.
Um "ataque terrorista" russo com drones na capital da Ucrânia causou hoje pelo menos um morto e sete feridos, além de danos materiais significativos, anunciaram as autoridades de Kiev.
O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) denunciou hoje que um grupo de homens armados e encapuçados invadiu a sua sede, em Bissau, agredindo dirigentes e colaboradores presentes no local.
A agência de combate à corrupção de Hong Kong divulgou hoje a detenção de oito pessoas ligadas às obras de renovação do complexo residencial que ficou destruído esta semana por um incêndio que provocou pelo menos 128 mortos.