Moção de censura do chega faz cair governo regional da madeira

O Parlamento da Madeira aprovou a moção de censura que fez cair o Governo Regional, pela primeira vez. "A luta pela transparência numa região autónoma que tem feito tudo menos transparência é um momento marcante na nossa história política dos últimos anos.

© Folha Nacional

É um momento marcante e é um exemplo e uma lição para o resto do país e para a Região Autónoma da Madeira, de que nós não podemos ser tolerantes com a corrupção, mesmo que isso tenha custos políticos e eleitorais”, declarou o líder do CHEGA. 

A moção de censura proposta pelo CHEGA recebeu os votos a favor de toda a oposição – PS, JPP, CHEGA, IL e PAN, que juntos reúnem 26 eleitos, ultrapassando assim os 24 necessários à maioria absoluta -, enquanto o PSD e o CDS-PP (que tem um acordo parlamentar com os sociais-democratas) votaram contra.


A luta contra a corrupção é uma das principais bandeiras do partido liderado por Ventura que “não pode ser só conversa caída em saco-roto” e “é mesmo para levar até às últimas consequências. Nesta senda, o Presidente do CHEGA considera que a queda do Governo Regional liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, é algo “histórico” e “permitirá aos madeirenses e porto-santenses recuperarem a confiança nas suas instituições”.
para o presidente do Governo Regional da Madeira, a queda do seu executivo com a aprovação de uma moção de censura, deixa a região “fica ligada à máquina”.


“É fácil destruir. Difícil é construir em cima de ruínas. Com a queda deste Governo e a convocação de novas eleições regionais, a Região Autónoma da Madeira, ficará ligada à máquina. Sem Governo e Orçamento”, declarou Miguel Albuquerque no plenário da Assembleia Legislativa da Madeira, no Funchal.
Esta situação política na Madeira é, para o líder do CHEGA, responsabilidade do líder do PSD. Por essa razão, pediu “coragem política” a Luís Montenegro para afastar Miguel Albuquerque.


“Ao reconduzir Miguel Albuquerque na presidência do Congresso do PSD, Luís Montenegro está a dar o sinal ao país que está tudo bem e que Miguel Albuquerque é apenas mais um político, entre outros, e que se pode e deve manter em função”, criticouVentura, defendendo que “é o momento para o PSD fazer o seu auto de consciência”.


Sobre o futuro, o Presidente do CHEGA deu conta que “se houver novo governo, que seja com as pessoas não envolvidas nestas negociatas de Estado, se forem eleições cá estaremos para as disputar”.
“Agora, o que não pode acontecer é manter-se tudo na mesma, manterem-se os rostos e estas personalidades insistirem que não têm que dar nenhuma explicação sobre o que se passa”, acrescentou, salientando que se o executivo mantiver a mesma composição “não contarão com o apoio do CHEGA“.


Confrontado com as acusações de que terá pressionado a liderança regional do partido para avançar com esta moção de censura, André Ventura sublinhou que “esta foi uma iniciativa apresentada pelo CHEGA/Madeira”.
“Foi público que eu concordei, que eu incentivei e que eu motivei, no sentido em que dei motivação para que esta ação se concretizasse. Quem votou, quem a apresentou, quem a discutiu foi o CHEGA/Madeira, não foi o presidente do CHEGA, nem foi o CHEGA nacional. Esta é, por isso, uma iniciativa que foi levada a cabo pelo CHEGA/Madeira e pelos seus deputados, que aliás votaram todos, em conjunto, por esta moção de censura”, arrematou.A aprovação da moção de censura, uma situação inédita no arquipélago, implica, segundo o Estatuto Político-Administrativo da Madeira, a demissão do Governo Regional e a permanência em funções até à posse de uma nova equipa.

Últimas de Política Nacional

Fernando Ferreira Marques (PSD) adjudicou por ajuste direto um contrato de prestação de serviços jurídicos à sociedade Marques Batista & Associados. Esta firma foi fundada por Joana Marques Batista, que integra o executivo da Junta, assumindo o pelouro jurídico e exercendo funções como vogal-secretária.
O CHEGA foi o partido que mais cresceu nas Autárquicas 2025, conquistando 13 juntas de freguesia em várias regiões do país. As vitórias estendem-se do Algarve à Madeira, incluindo freguesias populosas como a Quinta do Conde.
Alguns presidentes de câmara eleitos, este domingo, têm processos e investigações criminais em curso.
Com 19,1% das intenções de voto, André Ventura está a menos de três pontos do primeiro lugar, num empate técnico com Gouveia e Melo e Marques Mendes. A sondagem da Intercampus mostra que o líder do CHEGA é um dos favoritos à Presidência.
O CHEGA venceu, pela primeira vez, em três Câmaras Municipais: São Vicente (Madeira), Entroncamento (Santarém) e Albufeira (Faro). Com 11,72% dos votos, tornou-se a terceira maior força política nas autárquicas de 2025.
O líder do CHEGA, André Ventura, afirmou hoje que a única meta que o partido pode ter é vencer as eleições autárquicas de domingo, mas indicou que vai aguardar "humildemente" pelos resultados.
O CHEGA propõe uma fiscalização apertada sobre investimentos estrangeiros em território nacional, particularmente os oriundos de países islâmicos. Para André Ventura, trata-se de uma medida necessária para proteger a identidade nacional e os valores europeus face a influências externas consideradas incompatíveis.
O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que é preciso paz no Médio Oriente, mas sem "aceitar a chantagem de terroristas", e um acordo de cessar-fogo deve prever a libertação de reféns.
O Presidente do CHEGA acusou ontem o primeiro-ministro de ter antecipado a entrega do Orçamento do Estado para "desviar atenções" do caso Spinumviva e pediu-lhe que governe para o país e não para eleições.
O líder do CHEGA considerou hoje que o primeiro-ministro está “a arrastar a situação” sobre a empresa Spinumviva ao não prestar todos os esclarecimentos e considerou que Luís Montenegro não pode ter tratamento privilegiado.