“manifestação da esquerda é ilegítima” e “Governo cedeu à pressão” afirma Ventura

O presidente do CHEGA classificou hoje como ilegítima a manifestação antirracismo em que estão presentes os partidos de esquerda por ser “contra polícias e magistrados”, e acusou o Governo de ter “cedido à pressão”.

© Folha Nacional

André Ventura falava à chegada à concentração promovida pelo CHEGA na Praça da Figueira, em Lisboa, denominada “Pela autoridade e contra a impunidade” – que juntou algumas centenas de pessoas – e convocada depois do anúncio de uma manifestação hoje à tarde contra o racismo e a xenofobia após a operação policial de 19 de dezembro no Martim Moniz.

“Eu não quero provocar ninguém, mas tenho a certeza disto: há muitas manifestações, num sentido e noutro, talvez esta manifestação de hoje seja a mais ilegítima que alguma vez existiu aqui ao lado no Martim Moniz, porque é verdadeiramente contra a polícia, verdadeiramente pelos bandidos”, disse.

Ventura acrescentou que, além de ser contra a polícia, a manifestação é também contra os juízes “que ordenaram a ação que decorreu no Martim Moniz”, salientando que não foi apenas a polícia que levou a cabo aquela ação.

O líder do CHEGA estendeu as críticas ao Governo e ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, por algumas semanas depois da operação policial, ter afirmado não ter gostado de ver a imagem de imigrantes encostados à parede.

“Devia ter tido a coragem – e até podia ter estado aqui – devia ter tido a coragem de dizer: quando se começa ao lado das forças de segurança, vai-se até ao fim. Porque o que os portugueses precisam hoje é de políticos que vão até ao fim, que não tenham medo, que não cedam à pressão”, considerou, acusando as restantes forças políticas de terem cedido a essa pressão.

Últimas de Política Nacional

O CHEGA voltou a bater de frente com o Governo após o novo chumbo ao aumento das pensões. O partido acusa o Executivo de “asfixiar quem trabalhou uma vida inteira” enquanto se refugia na “desculpa eterna do défice”.
O Ministério Público instaurou um inquérito depois de uma denúncia para um “aumento inexplicável” do número de eleitores inscritos na Freguesia de Guiães, em Vila Real, que passou de 576 inscritos nas legislativas para 660 nas autárquicas.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) reconheceu hoje que foram identificadas sete escutas em que o ex-primeiro-ministro era interveniente e que não foram comunicadas ao Supremo Tribunal de Justiça "por razões técnicas diversas".
Com uma carreira dedicada à medicina e ao Serviço Nacional de Saúde, o Prof. Horácio Costa traz agora a sua experiência para a política. Médico desde 1978, especialista em Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética, fundador do único serviço europeu com três acreditações EBOPRAS e professor catedrático, Costa assume o papel de ministro-sombra da Saúde pelo CHEGA com a mesma dedicação que sempre marcou a sua carreira. Nesta entrevista ao Folha Nacional, o Prof. Horácio Costa fala sobre os principais desafios do SNS, a falta de profissionais de saúde, a reorganização das urgências e a valorização dos trabalhadores.
A conferência de líderes marcou hoje para 19 de dezembro as eleições dos cinco membros do Conselho de Estado, três juízes do Tribunal Constitucional e do Provedor de Justiça, sendo as candidaturas apresentadas até 12 de dezembro.
O grupo parlamentar do CHEGA/Açores enviou hoje um requerimento à Assembleia Legislativa Regional a pedir esclarecimentos ao Governo dos Açores na sequência da anunciada saída da Ryanair da região.
A Comissão de Assuntos Constitucionais chumbou a iniciativa do CHEGA para impedir financiamento público a mesquitas, classificando-a de inconstitucional. Ventura reagiu e avisa que Portugal “está a fechar os olhos ao radicalismo islâmico até ser tarde demais”.
O ex-presidente da Câmara de Vila Real Rui Santos está acusado pelo Ministério Público (MP) de prevaricação, num processo que envolve mais cinco arguidos e outros crimes como participação económica em negócio e falsas declarações.
André Ventura disparou contra PS e Governo, acusando-os de manter um Orçamento “incompetente” que continua a “sacar impostos” aos portugueses. O líder do CHEGA promete acabar com portagens, subir pensões e travar financiamentos que considera “absurdos”.
O Parlamento começa esta quinta-feira a debater e votar o Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) na especialidade, numa maratona que se prolonga por cinco dias e culmina com a votação final global a 27 de novembro.