Colômbia decreta estado de emergência em região devastada por combates

O Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, decretou hoje estado de emergência numa região na fronteira com a Venezuela, onde grupos rebeldes dissidentes combatem entre si.

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O decreto de Petro dá-lhe até 270 dias para impor recolher obrigatório, restringir o trânsito e tomar outras medidas que normalmente violariam os direitos civis dos colombianos ou exigiriam a aprovação do Congresso.

É a primeira vez em mais de uma década que um chefe de Estado colombiano utiliza uma medida tão extrema devido ao conflito entre rebeldes. Durante décadas, o país esteve paralisado devido à violência dos grupos rebeldes.

No entanto, a medida aplica-se apenas à região rural de Catatumbo, perto da fronteira com a Venezuela e uma zona produtora de cocaína, no nordeste do departamento Norte de Santander.

Na semana passada, pelo menos 80 pessoas foram mortas e estima-se que outras 36.000 tenham sido deslocadas à medida que os combates se intensificam entre o Exército de Libertação Nacional (ELN), e dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

No início desta semana, Petro reativou as ordens de detenção contra 31 dos principais comandantes do grupo de esquerda radical ELN, que tinham sido suspensas como parte de um esforço para um acordo de paz e colocar um fim à sua guerra de 60 anos contra o Estado colombiano.

O ELN domina tradicionalmente a região de Catatumbo, mas tem vindo a perder terreno para os rebeldes dissidentes das FARC, outro grupo guerrilheiro que assinou um acordo de paz com o Governo colombiano em 2016.

O atual conflito está a alastrar pela fronteira até à Venezuela, onde alguns dos que fogem da violência na Colômbia procuraram refúgio.

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