Ventura considera que autarcas e deputados acusados devem deixar os cargos

O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que os autarcas e deputados acusados no âmbito do processo 'Tutti Frutti' devem suspender ou renunciar aos mandatos e defendeu mudanças nas normas para o afastamento de titulares de cargos públicos.

© Folha Nacional

“Eu penso que aqueles que são acusados de crimes relacionados com funções públicas, e estão no exercício de funções públicas, devem suspender o mandato ou devem renunciar a ele”, afirmou, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República.

André Ventura comentava a decisão do Ministério Público (MP) de deduzir acusação contra 60 arguidos no âmbito do processo ‘Tutti Frutti’ por crimes de corrupção, prevaricação, branqueamento e tráfico de influência.

O líder do CHEGA considerou que “aqueles que são indiciados, ainda que possam vir a ser absolvidos mais à frente, de crimes cometidos no exercício de funções públicas” constituem “uma situação gravíssima” pois têm “uma situação de suspeição intolerável”.

Questionado se, perante situações como esta ou do deputado Miguel Arruda, eleito pelo CHEGA, suspeito de furto qualificado, faria sentido alterar as regras sobre o afastamento dos titulares de cargos públicos, Ventura afirmou que essa é uma “questão que merece alguma reflexão”.

Quando estiverem em causa “crimes graves, crimes violentos, de corrupção, crimes cometidos por titulares de cargos públicos em exercício de funções públicas, o parlamento não deve ficar à espera da renúncia da pessoa, nem da suspensão da pessoa, nem da sua boa vontade”, defendeu, considerando que “é uma questão básica do bom senso democrático, porque isto afeta todos os outros e afeta todo o prestígio da democracia”.

O presidente do CHEGA sugeriu que poderá existir “uma comissão de ética ou uma comissão multipartidária, que não vá perseguir as pessoas e que não vá tirar o mandato aos opositores políticos, mas que veja que em casos evidentes, de provas evidentes, de acusação” decida retirar o mandato ao deputado em causa.

Ventura referiu que esta questão pode ser analisada no âmbito do processo de revisão constitucional que o partido disse que iria abrir e que tem de ser acordada entre os vários paridos.

O CHEGA anunciou em novembro que iria desencadear um novo processo de revisão constitucional, mas a proposta ainda não deu entrada no parlamento.

Sobre isso, o líder do partido disse que a proposta ainda não entrou “por ainda não estar pronta” e estimou que seja apresentada “dentro dos próximos 15 dias”.

Últimas de Política Nacional

O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que os autarcas e deputados acusados no âmbito do processo 'Tutti Frutti' devem suspender ou renunciar aos mandatos e defendeu mudanças nas normas para o afastamento de titulares de cargos públicos.
O CHEGA vai propor a constituição de uma comissão de acompanhamento da reforma do Serviço Nacional de Saúde (SNS), defendendo que as medidas do anterior Governo "foram um desastre" e as do atual "não estão a ter resultados".
Durante a audição desta terça-feira ao antigo Secretário de Estado, Hernâni Dias, a deputada do CHEGA salientou que a criação das empresas “não foi lapso, nem coincidência, mas uma ofensa aos portugueses."
O CHEGA vai propor que os imigrantes com cadastro não possam entrar em Portugal e que aqueles que cometam crimes no país sejam repatriados, anunciou hoje o presidente do partido.
O presidente do CHEGA acusou hoje Marques Mendes, seu opositor na corrida a Belém, de representar “tudo o que é mau na política” e de ter feito uma “troca de favores” com o líder do PSD.
O ministro dos Assuntos Parlamentares saudou hoje a "atitude construtiva", moderação e equilíbrio da intervenção de encerramento do presidente da IL, enquanto o CHEGA acusou os liberais de hipocrisia e de estarem "reféns do politicamente correto".
As presidenciais entram na agenda política, com o anúncio hoje do candidato da Iniciativa Liberal, a apresentação da candidatura do ex-líder do PSD Marques Mendes na quinta-feira, e a reunião do PS para discutir o tema, no domingo.
O antigo ministro e dirigente do PS João Soares declarou hoje apoio a uma eventual candidatura presidencial de António José Seguro, que considera estar a ser alvo de "uma campanha de 'bullying' político" dentro do partido.
O Governo português submeteu hoje à Comissão Europeia o pedido de reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que inclui a adaptação dos investimentos aos prazos exigidos.
O Presidente da República anunciou esta sexta-feira que tenciona marcar as eleições presidenciais de 2026 para 25 de janeiro, calhando uma eventual segunda volta em 15 de fevereiro, três semanas depois.