Rubiales disse estar “totalmente seguro” (ter certeza absoluta) de que Jenni Hermoso lhe deu consentimento para a beijar no Estádio de Sydney, no momento em que as jogadoras da seleção de Espanha eram felicitadas por diversas autoridades e recebiam as medalhas de campeãs do mundo, título que acabavam conquistar, na Austrália.
O então presidente da RFEF assegurou que perguntou a Jenni Hermoso se lhe podia dar “um beijinho” e que a jogadora respondeu “ok”, uma troca de palavras que a futebolista nega ter ocorrido.
Rubiales afirmou que segurou a cabeça de Hermoso nesse momento em que a beijou nos lábios num gesto de “expressão de alegria” e de celebração com uma pessoa com quem mantinha uma relação de confiança e amizade.
Reconhecendo que não era habitual beijar Hermoso e que nunca o tinha feito, justificou que “não se ganha um Mundial todos os dias” e que “a normalidade não se pode aplicar a um feito extraordinário”.
Luís Rubiales negou, por outro lado, que houvesse ou haja uma “relação laboral” ou “hierárquica” entre o presidente da federação e as jogadoras da seleção, que “não são trabalhadoras” da RFEF.
Quanto às alegadas pressões sobre Jenni Hermoso para que fizesse declarações públicas que desvalorizassem o beijo, Rubiales admitiu ter proposto à jogadora que fizessem um vídeo juntos, mas, perante a recusa da futebolista, garantiu não ter insistido.