Câmara de Alandroal alvo de buscas da PJ após denúncia de negócio com terreno

A Câmara de Alandroal, no distrito de Évora, foi alvo de buscas da Polícia Judiciária (PJ), na sequência de uma denúncia anónima sobre a aquisição de um lote de terreno, revelou hoje o município.

© Facebook da PJ

Em comunicado, a câmara indicou que as buscas estão relacionadas com “uma denúncia anónima que põe em causa a aquisição pelo município de um lote de terreno no valor de sete mil euros, que já não faz parte do património municipal”.

O processo foi conduzido “com transparência em sessão pública de câmara”, salientou, argumentando que o negócio foi “sustentado por parecer jurídico dos serviços municipais e da CCDR [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional] Alentejo”.

No comunicado, esta autarquia alentejana, liderada pelo socialista João Grilo, que já anunciou a recandidatura ao cargo nas autárquicas deste ano, assinalou que “tem colaborado com total transparência” com as autoridades.

É “do maior interesse [da autarquia] e do presidente que a situação seja definitivamente esclarecida com a máxima celeridade, evitando assim a instrumentalização indevida de uma ação essencial para o cabal e definitivo esclarecimento do caso”, sublinhou.

Numa resposta a questões colocadas pela agência Lusa através de correio eletrónico, a Procuradoria-Geral da República (PGR) limitou-se hoje a confirmar a realização das buscas nas instalações daquele município alentejano.

As diligências foram feitas no âmbito de inquérito que corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional de Évora, adiantou.

De acordo com a PGR, no inquérito, que se encontra em segredo de justiça, o Ministério Público é coadjuvado pela PJ.

Uma fonte judiciária disse à Lusa que as buscas naquela autarquia decorreram na quarta-feira.

Na sua página de Internet, o jornal Correio da Manhã noticia que em causa está o negócio da venda de um terreno do atual presidente da câmara, João Grilo, à própria autarquia.

A Lusa tentou contactar o autarca, sem sucesso.

Últimas do País

A Polícia Judiciária (PJ) apreendeu cerca de 25 quilos de cocaína "com elevado grau de pureza" no porto de Leixões, em Matosinhos, distrito do Porto, em contentores refrigerados provenientes do Uruguai, foi hoje anunciado.
A Universidade de Coimbra (UC) recebeu mais de dois mil alunos em mobilidade académica no ano letivo de 2024/2025, maioritariamente provenientes de Itália, Espanha e Brasil, revelou hoje o vice-reitor João Nuno Calvão da Silva.
A Fenprof enviou hoje uma carta aberta ao ministro acusando-o de desvalorizar o direito à manifestação, numa escola perante alunos “a quem deveria ser transmitido o valor da democracia e dos direitos que a sustentam”.
O número de jovens que saiu de uma casa de acolhimento para um estabelecimento prisional duplicou entre 2023 e 2024, com seis casos, revela o relatório de Caracterização Anual da Situação de Acolhimento das Crianças e Jovens (CASA) 2024.
O ex-fuzileiro Cláudio Coimbra, condenado por matar um PSP à porta de uma discoteca em Lisboa em 2022, foi hoje absolvido da acusação de tentar agredir um GNR também na noite lisboeta.
A GNR está a realizar hoje uma operação de fiscalização dirigida a trabalhadores agrícolas e ao seu transporte no concelho de Odemira, distrito de Beja, revelou fonte da força de segurança.
O número de inquéritos abertos pelo Ministério Público (MP) por suspeitas de criminalidade económico-financeira aumentou 69,6% entre 2023 e 2024, enquanto os inquéritos por cibercrime e violência conjugal diminuíram.
Um homem morreu hoje, após ter sido baleado no pescoço, em Rio Tinto, no concelho de Gondomar, revelaram à Lusa fontes da PSP e do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
A Polícia Judiciária (PJ) deteve hoje 64 suspeitos de pertencerem a um grupo transnacional organizado que terá conseguido ganhos de cerca de 14 milhões de euros através da prática de ‘phishing’.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) inicia hoje uma operação de fiscalização com especial enfoque nas fronteiras terrestres e junto dos operadores vitivinícolas para reprimir a entrada e circulação irregular de vinho no mercado português.