Governo da Guiné-Bissau assina quatro acordos de cooperação com a Rússia

O Governo da Guiné-Bissau assinou quatro acordos de cooperação com a Rússia no âmbito da primeira visita de Estado de um Presidente guineense àquele país, disse hoje à Lusa fonte da presidência.

©D.R.

Os quatro acordos foram rubricados na terça-feira, na sede do Governo russo em Moscovo.

O primeiro acordo foi assinado entre o ministro da Economia, Plano e Integração Regional guineense, Soares Sambu, com o seu homólogo russo do Ministério de Desenvolvimento Económico, relativo à instituição de mecanismo de consultas sobre questões de cooperação económica, comercial e na área de investimentos.

Os dois governos assinaram um acordo sobre a cooperação no ensino superior, entre os ministérios da Educação. Atualmente, mais de 300 estudantes guineenses frequentam instituições de ensino superior na Rússia.

O chefe da diplomacia guineense, Carlos Pinto Pereira, assinou com o ministro da Ciência e do Ensino Superior da Rússia um acordo sobre a cooperação no ensino geral, no ensino secundário profissional, no correspondente ao ensino profissional complementar, na formação profissional e em outros domínios.

Pinto Pereira assinou em nome da Guiné-Bissau pelo facto de o Ministro da Educação, Henri Mané não se ter deslocado à Rússia.

O ministro dos Recursos Naturais guineense, Malam Sambu, rubricou igualmente um acordo com o ministro dos Recursos Naturais e Ambiente da Rússia sobre a cooperação no domínio da geologia e da utilização do subsolo.

O acordo vai permitir a prospeção de hidrocarbonetos e gás, exploração da bauxita, fosfatos, bem como formação de quadro e pesca, disse Malam Sambu.

Umaro Sissoco Embaló reúne-se hoje com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, naquela que é a primeira visita de Estado de um Presidente guineense à Rússia em que, entre outros, deverá igualmente abordar a possibilidade de o país africano adquirir equipamentos de vigilância e fiscalização marítima.

Desde que é Presidente da Guiné-Bissau, Sissoco Embaló deslocou-se em várias ocasiões à Rússia a convite de Vladimir Putin, com quem manteve no passado dia 23 de janeiro uma “longa conversa telefónica” sobre a situação geopolítica internacional e relações bilaterais.

O Presidente guineense já tinha estado em Moscovo em maio de 2024 enquanto convidado de Putin às celebrações do Dia da Vitória. Embaló esteve também na capital russa em julho de 2023 na cimeira Rússia-África.

Em outubro de 2022, o chefe de Estado guineense visitou Moscovo e Kyiv, na Ucrânia, na qualidade de presidente em exercício da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), tendo conversado com Putin e Volodymyr Zelensky sobre o fim da guerra que os dois países travam desde fevereiro do mesmo ano.

No passado mês de dezembro, a empresa russa Russal, concedeu 70 bolsas de estudo para jovens guineenses para se formarem em Moscovo em diversas áreas ligadas aos Recursos Naturais.

A Russal, que vai explorar a mina de bauxite no leste da Guiné-Bissau, também manifestou interesse em ajudar o país africano a construir uma linha de caminhos-de-ferro e ainda um porto na localidade de Buba, no sul.

Últimas do Mundo

Pelo menos três civis morreram e seis ficaram feridos em ataques russos na região ucraniana de Donetsk nas últimas 24 horas, declarou hoje o chefe da administração militar regional, Vadim Filashkin, na rede social Telegram.
Um navio de guerra norte-americano entrou no canal do Panamá em direção às Caraíbas, testemunhou a agência France-Presse, numa altura em que os planos de destacamento militar de Washington naquela região está a provocar a reação venezuelana.
O número de fogos preocupantes em Espanha desceu de 12 para nove nas últimas 24 horas, mas "o final" da onda de incêndios deste verão no país "está já muito próximo", disse hoje a Proteção Civil.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, denunciou que mísseis russos atingiram hoje a delegação da União Europeia (UE) em Kyiv, na Ucrânia.
O Governo de Espanha declarou hoje zonas de catástrofe as áreas afetadas por 113 grandes incêndios no país nos últimos dois meses, 15 dos quais continuam ativos, disse o ministro da Administração Interna, Fernando Grande-Marlaska.
Mais de dois mil milhões de pessoas ainda não têm acesso a água potável em condições de segurança, alertou hoje a ONU num relatório que expressa preocupação com o progresso insuficiente na cobertura universal do fornecimento de água.
O primeiro-ministro israelita saudou hoje a decisão do Governo libanês, que aceitou a proposta norte-americana sobre o desarmamento do Hezbollah, e admitiu retirar as forças de Israel do sul do Líbano.
Espanha continua com 14 fogos preocupantes que mantêm desalojadas mais de 700 pessoas e confinadas outras mil, após semanas de "terríveis incêndios" cujo combate é neste momento favorável, mas lento, disse hoje a Proteção Civil espanhola.
A SpaceX, empresa de Elon Musk, cancelou no domingo um voo de teste do foguetão Starship, naquele que foi mais um revés para o multimilionário após uma série de testes marcados por explosões.
Dois guerrilheiros detidos após um ataque com um camião-bomba no sudoeste da Colômbia, que causou seis mortos e mais de 60 feridos na quinta-feira, estão a ser processados por homicídio, anunciou este sábado o Ministério Público colombiano.